Ficha criminal de Gleiber Júnior revela histórico de ameaças, fraudes e estelionato

Polícia Civil investiga a motivação do duplo homicídio

O vereador Gleiber da Mota Fernandes, conhecido como Gleiber Júnior (Avante), de 36 anos, morto a tiros na madrugada deste domingo (9) em Santo Amaro, possuía uma extensa ficha criminal com registros por ameaças, estelionato, lesão corporal, fraude e comunicação falsa de crime.

O duplo homicídio ocorreu no Conjunto Nova Santo Amaro, onde o parlamentar e o assessor, identificado como Diego Castro Reis, 23 anos, foram executados com dezenas de disparos. De acordo com fontes ligadas à investigação, o vereador mantinha relações frequentes com empresários da região de Irecê, incluindo um investigado por lavagem de dinheiro ligada ao tráfico de drogas.

Histórico de denúncias e acusações

Entre os registros policiais envolvendo o nome de Gleiber Júnior, constam ocorrências que vão desde ameaças e agressões até fraudes milionárias.

Em uma das denúncias, o parlamentar teria ameaçado os proprietários de uma fazenda entre Euclides da Cunha e Canudos, alegando falsamente ser o comprador do imóvel. Quando confrontado pelos donos, teria afirmado: “Não se meta com milicianos.”

Outro caso aponta que ele foi preso por um policial rodoviário federal após ser acusado de lesão corporal e ameaça de morte contra duas mulheres e um homem. O denunciante relatou que Gleiber teria perseguido o casal, tentado agredir sua companheira e colidido propositalmente um Camaro branco contra o veículo do cunhado.

Há ainda registros de ameaças enviadas por mensagem, após o rompimento de um contrato irregular de compra e venda de imóvel, além de uma ocorrência por comunicação falsa de crime, feita por uma advogada que o acusou de manipular informações sobre o furto de veículos.

Veículo do vereador morto – Foto: reprodução

Fraudes e estelionato em negociação milionária

Um dos casos mais graves envolve uma denúncia de fraude e estelionato. Um casal afirmou ter negociado com Gleiber a compra de uma fazenda em Canudos avaliada em R$ 1 milhão, com parte do pagamento feito em cheques, terrenos e veículos. A propriedade, no entanto, não pertencia ao parlamentar, e a área era menor do que a descrita em contrato. Mesmo após o impasse, Gleiber teria revendido os bens recebidos e ameaçado o comprador, recusando-se a devolver o dinheiro ou os ativos.

Outros boletins também mencionam furtos qualificados, danos patrimoniais e disputas de posse de fazendas e veículos, em que o vereador aparecia ora como vítima, ora como acusado.

A Polícia Civil da Bahia segue investigando as circunstâncias e motivações do duplo homicídio, incluindo possíveis conflitos financeiros e relações com atividades ilícitas.

O crime provocou forte repercussão política e social em Santo Amaro, onde o vereador, apesar das polêmicas, havia conquistado mandato nas eleições de 2024 e mantinha atuação pública ativa até o momento de sua morte.

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