Trabalhador atropelado após carro furar sinalização de obra na Bahia morre após dois meses internado

O operário Horley Sousa Silva, de 56 anos, atropelado enquanto trabalhava em uma obra do semi-anel rodoviário que liga as cidades de Ilhéus e Itabuna, no sul da Bahia, morreu neste domingo (2/11), exatamente dois meses após o acidente, ocorrido em 2 de setembro, na ligação entre a BR-415 e a BA-963.

Câmeras de segurança registraram o momento em que Horley, que atuava como sinaleiro da obra, foi atingido por um carro em alta velocidade. As imagens mostram o trabalhador sendo arrastado por alguns metros sobre o teto do veículo até cair no chão, em uma curva da rodovia.

O motorista, identificado como Rodrigo Gama de Almeida, de 31 anos, fugiu sem prestar socorro e é investigado pelo crime. Segundo a Polícia Civil, ele teria furado a sinalização de pare e siga da obra antes de atingir o operário.

De acordo com o delegado Evy Paternostro, coordenador da Polícia Civil de Itabuna, as imagens mostram que o suspeito agiu de forma premeditada.

“Na análise dessas imagens ficou nítido que o veículo passa primeiro pelo ponto de parada, retorna, fura o bloqueio de forma consciente. Ou seja, ele visualiza o preposto da construtora que está participando da obra de duplicação. A vítima está de costas, ele continua aumentando a velocidade e a vítima é arremessada para o alto”, explicou o delegado, ainda em setembro.

Após o atropelamento, Horley foi socorrido em estado grave por testemunhas, que acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele foi levado para o Hospital de Base de Itabuna, onde permaneceu internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI). O trabalhador sofreu traumatismo craniano e chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu às complicações. A causa exata da morte não foi divulgada.

O velório de Horley Sousa Silva está previsto para acontecer no fim da tarde deste domingo, em Itabuna. Ainda não há informações sobre o horário e local do sepultamento.

Rodrigo Gama foi preso em 7 de outubro, após se apresentar espontaneamente no Complexo Policial de Itabuna, acompanhado de um advogado. Ele era considerado foragido e tinha mandado de prisão temporária em aberto. Após uma audiência de custódia, foi encaminhado ao Conjunto Penal de Itabuna, mas conseguiu liberdade no dia 12 de outubro, por meio de um habeas corpus concedido pela Justiça.

 

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