Ex-prefeito de Poções é preso durante operação contra desvio e lavagem de dinheiro

O ex-prefeito de Poções, Otto Wagner de Magalhães, foi preso na manhã desta quinta-feira (23/10), em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo. A prisão aconteceu durante a operação da Polícia Federal (PF), que investiga um grupo suspeito de desvio e lavagem de recursos públicos federais repassados à prefeitura do município.
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Otto Wagner de Magalhães é marido da atual prefeita da cidade, Dona Nilda (PCdoB). A gestora é um dos alvos da operação, que estima um prejuízo ao erário que ultrapassa R$ 12 milhões.
O crimes teriam acontecido entre 2021 e 2023, quando Otto Wagner de Magalhães era chefe de gabinete do município. Ele foi prefeito de Poções entre 2013 e 2016.
Em agosto deste ano, a Justiça o condenou por ato de improbidade administrativa. Na decisão, o juiz determinou que ele devolva R$ 2.886.565 aos cofres da cidade, o pagamento de multa no mesmo valor, a perda de eventual função pública após o trânsito em julgado, além da suspensão dos direitos políticos e da proibição de contratar com a Justiça ou receber benefícios fiscais e creditícios pelo prazo de oito anos.
Segundo a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), enquanto era prefeito, Otto Wagner de Magalhães autorizou de forma reiterada o pagamento de despesas sem respaldo legal, causando prejuízo milionário ao município.
O MP-BA informou que foram identificados ao menos 196 repasses irregulares, sob a rubrica de “adicional informado”, a servidores municipais, sem autorização da Câmara de Vereadores e em desacordo com a legislação.
Operação contra desvios
Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão nos municípios baianos de Poções, Encruzilhada, Barreiras e Vitória da Conquista.
Entre os alvos estão o prefeito de Encruzilhada, Dr Pedrinho (PCdoB), a prefeita de Poções, Dona Nilda (PCdoB), e o ex-chefe de gabinete da prefeitura de Poções, Otto Wagner de Magalhães.
De acordo com a PF, as investigações apontam irregularidades em contratos de terceirização de mão de obra financiados com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), Sistema Único de Saúde (SUS) e Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), incluindo ausência de estudos técnicos, pesquisa de preços inadequada, majoração indevida de valores contratuais e prestação fictícia de serviços.
A investigação revelou ainda a existência de uma estrutura criminosa organizada, com atuação em diversos municípios baianos, que utilizava empresas de fachada, familiares como intermediários financeiros, movimentações bancárias atípicas e ocultação patrimonial para viabilizar os desvios e a lavagem de dinheiro.
A PF informou que os crimes apurados incluem organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e crimes contra a legislação trabalhista.
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