Operação revela uso de empresa de fachada para lavagem de dinheiro do CV em Feira de Santana
Filha de traficante conhecida como “Juba” teria movimentado mais de R$ 2,6 milhões em menos de um ano por meio da Hayanna Confecções

As investigações da Operação Skywalker, deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em parceria com o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), revelaram que a atuação do Comando Vermelho (CV) em Feira de Santana ultrapassa o tráfico de drogas e armas, alcançando também sofisticados esquemas de lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia do MP-BA, Hayanna, filha da traficante conhecida como “Juba”, teria assumido a função de lavar recursos ilícitos da facção criminosa. Para isso, utilizava uma empresa de fachada, a Hayanna Confecções, aberta em outubro de 2023.
De acordo com os relatórios do Draco, entre junho de 2023 e maio de 2024, cerca de R$ 2,6 milhões foram movimentados em contas bancárias ligadas a Hayanna. Apenas nos dois primeiros meses de funcionamento, a empresa registrou movimentação superior a R$ 1,2 milhão em créditos e débitos, números considerados incompatíveis com a realidade do negócio declarado.
A suspeita ganhou força após alertas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou que parte dos recursos tinha origem em integrantes já presos do Comando Vermelho. Para os investigadores, o quadro reforça a tese de que a confecção funcionava apenas como fachada para dissimular os valores provenientes do crime.
As apurações seguem em andamento, e o MP-BA busca identificar a extensão do esquema, além de mapear a participação de outros envolvidos no núcleo financeiro da facção em Feira de Santana.
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