Polícia Civil identifica mais 20 pessoas suspeitas de aplicar golpe do falso consórcio de imóveis em Salvador

A Polícia Civil da Bahia identificou, nesta sexta-feira (25/4), mais 20 pessoas suspeitas de envolvimento no chamado “golpe do falso consórcio” de imóveis, praticado em Salvador. Os suspeitos foram conduzidos ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) durante a segunda fase da Operação Falso Consórcio.
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A ação é resultado de uma investigação da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), que já havia instaurado inquérito para apurar um esquema criminoso envolvendo empresas de fachada. Os crimes investigados incluem estelionato, propaganda enganosa, exercício ilegal da profissão de corretor de imóveis, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Durante a operação, policiais civis estiveram em três empresas que ainda funcionam normalmente e recebem o público em um prédio comercial localizado na Avenida Antônio Carlos Magalhães (ACM), uma das principais vias da capital baiana.
De acordo com a polícia, o grupo atraía vítimas por meio de anúncios falsos em plataformas digitais, oferecendo imóveis inexistentes por meio de promessas de consórcios acessíveis. Após o primeiro contato online, os interessados eram convidados a comparecer à sede das empresas, onde recebiam orientações detalhadas sobre o suposto processo de compra.
As vítimas, iludidas, chegavam a visitar imóveis que nunca foram entregues ou sequer pertenciam às empresas envolvidas. Mesmo após realizarem depósitos e repasses financeiros significativos — que variam entre R$ 5 mil e R$ 1 milhão —, não recebiam contratos ou documentos que comprovassem a aquisição.
O golpe chamou atenção após a denúncia de um influenciador digital, que relatou ter sido vítima do esquema ao tentar adquirir um apartamento. No dia 25 de março, cinco pessoas foram presas em flagrante em Salvador, suspeitas de integrar a quadrilha. Dois dias depois, outras oito foram presas em Vitória da Conquista, no sudoeste do estado, por envolvimento em um esquema semelhante.
Segundo as investigações, a organização criminosa é bem estruturada e hierarquizada, com foco específico em aplicar golpes contra consumidores. O grupo, inclusive, simulava contatos com instituições bancárias para aumentar a credibilidade das transações fraudulentas.
Mais de 200 ocorrências já foram registradas contra os investigados, e a Polícia Civil segue com diligências para desarticular totalmente o esquema e identificar novas vítimas.