Justiça decreta prisão preventiva de PM acusado de matar jovem em Salvador; policial está foragido

A Justiça aceitou, nesta sexta-feira (6/12), o pedido de prisão preventiva contra o policial militar Marlon da Silva Oliveira, apontado como autor dos disparos que mataram Gabriel Santos Costa, de 17 anos, e deixaram um jovem de 19 anos gravemente ferido. Apesar das diligências realizadas em três endereços, o policial não foi localizado e agora é considerado foragido.
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O crime ocorreu na madrugada de 1º de dezembro, no bairro Alto de Ondina, em Salvador, e ganhou ampla repercussão após imagens do episódio circularem nas redes sociais. No vídeo, o policial aparece rendendo Gabriel e o outro jovem, xingando-os e ordenando que coloquem os rostos no asfalto. Testemunhas relatam que aproximadamente 12 disparos foram efetuados pelo agente.
Marlon Oliveira, lotado na Polícia Militar da Bahia, é investigado sob suspeita de ter executado Gabriel e ferido o outro jovem, alegando legítima defesa. Segundo o policial, ele teria sido vítima de uma tentativa de assalto.
No dia seguinte ao crime, em 2 de dezembro, Marlon apresentou-se à 1ª Delegacia de Homicídios de Salvador, acompanhado por um advogado. Ele foi ouvido e liberado, já que não havia situação de flagrante. No entanto, ainda no mesmo dia, a Polícia Civil solicitou sua prisão preventiva à Justiça, que foi concedida na manhã de hoje.
Equipes da Polícia Civil realizaram operações para localizar Marlon, mas ele não foi encontrado. O policial é agora considerado foragido e sua captura é prioridade para as autoridades.
O caso gerou comoção popular e intensos debates sobre a conduta policial e o uso excessivo da força. Grupos de direitos humanos e organizações civis têm acompanhado o desdobramento das investigações, pedindo justiça para Gabriel Santos Costa e proteção para a família do jovem ferido.