Delegado nega versão de sequestro de menina encontrada amarrada na Bahia e revela história inventada por adolescentes; entenda

Nesta terça-feira (26/11), o delegado Tiago Alves Cunha, responsável pela investigação do suposto sequestro de uma menina de 15 anos em Ribeira do Pombal, descartou a hipótese de crime. O caso havia gerado grande comoção na cidade e estava sendo apurado desde sábado (23), quando a adolescente foi encontrada amordaçada e com os pulsos amarrados às margens da BR-110.

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De acordo com o delegado, as investigações revelaram que a versão da adolescente sobre o sequestro foi criada por ela e seus amigos. “Durante as diligências, nossa equipe constatou que os elementos inicialmente já indicavam algumas inconsistências na narrativa do caso, e com a continuidade das investigações, ficou claro que os adolescentes inventaram a situação por receio de represália dos pais”, afirmou Tiago Alves.

O incidente teve início na sexta-feira (22), quando a jovem desapareceu do centro de Ribeira do Pombal. Ela alegou ter sido abordada por dois homens em um carro, que teriam a sequestrado. A adolescente foi localizada no dia seguinte, amarrada e com a boca amordaçada, às margens da BR-110, em uma área afastada do centro da cidade. A Polícia Militar, com o auxílio da mãe da menina, realizou buscas pela região até localizar a adolescente. Ela foi levada para um hospital local para avaliação.

A princípio, o caso foi tratado como sequestro e cárcere privado, sendo registrada uma ocorrência pela Polícia Civil. A reviravolta veio após a apuração das circunstâncias, que revelou que a jovem havia inventado toda a história. O motivo, segundo o delegado, era justificar sua ausência sem o conhecimento dos pais, já que ela havia passado a noite fora de casa sem permissão.

Além da menina, outros adolescentes também estiveram envolvidos na trama, mas o delegado enfatizou que não houve má-fé. “Nosso objetivo não é punitivo, mas educativo”, afirmou o delegado. Ele reforçou que a situação foi causada por um erro de julgamento dos jovens, que agiram de forma precipitada, sem entender as consequências de suas ações.

O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar a situação, conforme as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente. A polícia, por sua vez, buscou orientar as famílias, destacando a importância de um diálogo aberto e baseado na confiança entre pais e filhos. “Casos como esse demonstram a importância de estarmos atentos à vida dos nossos filhos, criando um diálogo aberto”, alertou Tiago Alves.

O delegado concluiu que o episódio deveria servir como uma lição sobre a gravidade de se envolver em falsas alegações, uma vez que a situação tomou uma grande proporção na cidade, gerando preocupação e mobilização das autoridades. Embora o caso não tenha sido um sequestro real, as implicações de um engano desse porte não devem ser subestimadas. “Quero que os adolescentes entendam a gravidade do ocorrido e as consequências desses atos”, finalizou o delegado.

 

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