Greve dos professores da Uneb entra na terceira semana com novos atos de mobilização

A greve dos professores da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) está se encaminhando para sua terceira semana consecutiva, com novas manifestações agendadas para esta quarta-feira (9/10). Um ato público será realizado em frente à Secretaria Estadual da Educação, marcando a resistência dos docentes que reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
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A mobilização começará às 9h com uma aula pública na Praça da Piedade, no centro de Salvador. Durante o evento, os professores pretendem discutir com a sociedade a relevância da universidade no desenvolvimento econômico e social da Bahia e os impactos negativos da precarização da carreira docente no ensino superior público.
Já no período da tarde, às 14h, enquanto ocorre uma reunião com representantes do governo, os professores realizarão um ato simbólico em frente à Secretaria Estadual da Educação, localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O encontro com as autoridades terá como foco o reajuste salarial, uma das principais demandas dos grevistas.
Entre os pedidos feitos pelos docentes, estão a recomposição salarial e a publicação, ainda em 2024, de um Projeto de Lei que viabilize vagas para promoções na carreira docente, com a previsão de efetivação dessas promoções até 1º de fevereiro de 2025. Além disso, os professores solicitam que o governo apresente uma solução para o impasse sobre os adicionais de insalubridade, contingenciados e não concedidos, e a implementação de um programa que resolva as dificuldades de transporte enfrentadas pelos docentes itinerantes.
No entanto, de acordo com a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), o governo rejeitou a contraproposta apresentada pelos professores na última reunião, realizada em 2 de outubro. O Executivo manteve a sua proposta inicial de reajuste salarial, que seria distribuído em quatro parcelas entre 2025 e 2026, resultando em um aumento acumulado de 13,83%. A divisão dos pagamentos seria feita da seguinte forma: 4,7% em janeiro de 2025, 2% em julho de 2025, 4,5% em janeiro de 2026 e 2% em julho de 2026.
Quanto às promoções, o governo indicou que o tema será debatido em uma nova reunião agendada para o dia 15 de outubro. Em relação ao adicional de insalubridade, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) está conduzindo estudos para regulamentar o benefício, atendendo às especificidades do serviço público estadual.
Mesmo com a recusa da contraproposta, os professores seguem pressionando por um acordo que contemple suas demandas e evite a continuidade da paralisação, que já afeta milhares de alunos em toda a Bahia. A mobilização tem gerado amplo apoio de setores da sociedade que reconhecem a importância de valorizar a educação pública e os profissionais que nela atuam.