Possível dívida de drogas é investigada como motivação de assassinato do guitarrista da banda Afrocidade

Uma possível dívida de drogas com uma facção criminosa de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, é investigada como motivação do assassinato do guitarrista da banda Afrocidade, Flávio de Oliveira Silva, conhecido como “Fal Silva”.
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“Existem indícios, que estão sendo apurados no inquérito inicial, que existe uma vinculação a uma possível dívida de drogas, que o músico tinha com uma facção, que existe em Camaçari. Os indícios serão apurados durante o inquérito”, disse o delegado Antônio Dirceu, coordenador de operações da 4ª Delegacia de Homicídios de Camaçari.
Fal Silva foi espancado até a morte, no dia 24 de maio, na cidade de Camaçari. Na terça-feira (4/6), um homem suspeito de envolvimento no crime foi preso durante a Operação Euterpe.
O suspeito foi identificado após análises de imagens de câmeras de monitoramento e depoimentos de testemunhas. Ainda de acordo com a polícia, ele é integrante do grupo criminoso.
De acordo com a polícia, mais de 30 policiais civis, com o apoio do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM), também cumpriram mandados de busca e apreensão nas localidades de Novo Horizonte, Jardim Limoeiro, Ponto Certo e Nova Vitória.
Durante as ações, equipes da 4ª Delegacia de Homicídios de Camaçari (DH/Camaçari), com o apoio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), apreenderam porções de maconha, balança digital, um revólver calibre 38, duas capas de colete e aparelhos celulares.
Outros homens foram presos em flagrante no bairro de Jardim de Limoeiro, durante o cumprimento dos mandados judiciais de busca e apreensão. No entanto, não há indícios de envolvimento da dupla no crime. A Polícia Civil não detalhou o motivo das prisões dos dois.
Todo material apreendido será encaminhado para perícia, no Departamento de Polícia Técnica (DPT), informou a Polícia Civil.
Quem era Fal Silva
Flávio de Oliveira Silva tinha 32 anos e tocava na banda Afrocidade desde a formação do grupo musical, em 2011. Na banda, era considerado o “violeira da maldade”.
Além de músico, Fal Silva era luthier, cuidando da manutenção e restauração de instrumentos.
O corpo do guitarrista foi sepultado dois dias após o crime, sob forte comoção, no cemitério do município. A morte de Fal Silva foi lamentada por artistas como Luedji Luna e Russo Passapusso.