Desaparecimento de taxista de Conceição do Jacuípe deixa família angustiada; filhas pequenas sentem falta do pai

As duas filhas do taxista Josean Miranda, desaparecido há uma semana desde que saiu de Conceição do Jacuípe com destino a Salvador para uma corrida, como havia informado à família, sentem a falta do pai. As garotas, de um e quatro anos, parecem compreender que algo de errado acontece no seio familiar.

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De acordo com Quelle Cristina, esposa do taxista, a caçula dá sinais de que está sofrendo com a ausência do pai, especialmente porque Josean costumava colocá-la para dormir.

A maior também sente o clima de tristeza entre os parentes. Recentemente, ao ver as imagens do pai e do carro dele em um programa de televisão, a garota perguntou à mãe o que teria acontecido.

Quelle diz que não é fácil sustentar a versão dada à filha mais velha de que o marido fez uma viagem, mas que retorna em breve. A última pista sobre o paradeiro do taxista foi o veículo, localizado carbonizado na quinta-feira (18/4), na BA-526, na Barragem de Ipitanga, em Salvador.

Desaparecimento

O taxista, que mora em Conceição do Jacuípe, disse a esposa que faria uma viagem para Salvador no domingo (14/4), mas a polícia descobriu que, na verdade, naquele dia, ele dormiu na residência de uma mulher em Cajazeiras, na capital baiana. De lá, Jean saiu, nas primeiras horas da manhã da segunda (15), para buscar o passageiro.

A mulher é apontada pela polícia como amante do taxista. A versão dada por ela é de que Josean saiu da sua residência para dar início a viagem paga pelo suposto passageiro de forma antecipada.

Ele teria encaminhado à suposta amante os dados do passageiro, como o número telefônico. Horas depois, Josean teria enviado uma mensagem para a mulher afirmando que estava em Fazenda Coutos “passando por uma situação complicada”. O telefone dele foi desligado momentos depois.

Quelle diz que não sabia da relação extraconjugal. Os dois estão juntos há 10 anos, mas moram em cidades diferentes. Ela vive em Coração de Maria, para onde se mudou pós-parto. O casal se preparava para voltar a dividir o mesmo teto em breve.

“Eu moro em Coração de Maria porque vim passar o resguardo de uma das minhas filhas, chegamos a morar juntos aqui, mas ele voltou para Conceição do Jacuípe por causa do trabalho. A nossa pretensão era casar no civil e no religioso. Estava tudo certo para isso acontecer em maio. Tem sido muito difícil. Não temos mais nenhuma informação”, disse em entrevista.

 

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