Deputado Binho Galinha sofre derrota na justiça e processo continua em andamento

O deputado estadual Binho Galinha (PRD) sofreu mais uma derrota na Justiça nesta quarta-feira (15/1). O pedido de sua defesa para adiar o andamento processual contra ele, sua esposa Mayana Cerqueira da Silva e seu filho João Guilherme foi negado pela magistrada Márcia Simões Costa.
Rabisco Papelaria: Material escolar de qualidade com os melhores preços
Os advogados dos réus haviam solicitado que o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a Polícia Federal apresentassem todas as provas que fundamentam as acusações, alegando que essas informações seriam essenciais para o direito à ampla defesa.
Contudo, o pedido foi considerado pela Justiça como “totalmente despropositado e desarrazoado”, já que foi visto como uma tentativa de retardar o andamento do processo, extrapolando os princípios que regem o processo penal.
A juíza Márcia Simões Costa explicou que as alegações de cerceamento de defesa feitas pelos advogados do deputado e outros réus são infundadas. Ela afirmou que a Polícia Federal já havia anexado aos autos informações extraídas de dispositivos apreendidos e que essas provas estão acessíveis para consulta pelas defesas técnicas.
Acusações contra Binho Galinha
Binho Galinha é acusado de envolvimento em atividades criminosas, incluindo lavagem de dinheiro, jogo do bicho e desmanche de carros. O deputado é o principal alvo da Operação El Patrón, deflagrada em dezembro de 2023 pela Polícia Federal, a partir de uma denúncia do MP-BA.
A decisão judicial também destacou que algumas defesas estão utilizando estratégias protelatórias, com manifestações preliminares já feitas, enquanto outras persistem em ações que buscam atrasar o processo.
O Ministério Público acusou essas atitudes de litigância de má-fé, ou seja, de intenções fraudulentas para enganar o processo judicial.
Como medida para evitar nulidades no futuro, a juíza determinou que todos os advogados dos réus sejam intimados oficialmente sobre o conteúdo das provas no processo, com um prazo de cinco dias para que se manifestem.
Caso algum acusado não apresente defesa preliminar dentro do prazo estipulado, a Defensoria Pública será acionada para representar o réu.
Com a negativa do pedido de adiamento, o processo contra Binho Galinha e os outros réus seguirá seu andamento normal.
A assessoria do deputado se manifestou, reforçando que ele tem agido dentro da legalidade e reafirmando seu compromisso em colaborar com a Justiça.
A decisão da Justiça reflete a intenção de dar continuidade à investigação e ao julgamento do caso, sem permitir que manobras protelatórias atrasem o andamento da operação e das acusações.