PM apura atuação de policiais após jornalista Marcelo Castro intermediar negociação em caso com refém

A atuação de militares durante uma ocorrência com refém, em Salvador, está sendo investigada pela Polícia Militar da Bahia (PM-BA). No caso em questão, o jornalista Marcelo Castro se aproximou de um suspeito e negociou diretamente a liberação da vítima. A ação ocorreu no dia 10 de dezembro de 2024 e foi reprovada pela corporação.

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O incidente ocorreu no bairro de Tancredo Neves, na periferia da capital baiana, quando um homem fez uma moradora refém após trocar tiros com policiais militares da 23ª Companhia Independente (CIPM). Imagens compartilhadas pelo jornalista nas redes sociais mostram um momento em que ele faz uma chamada de vídeo com o suspeito, antes de chegar ao local da ocorrência.

Em seguida, ele entra na rua onde fica a casa em questão e começa a conversar com o homem, na porta do imóvel. “Você vai sair comigo e vai para a viatura”, diz Marcelo em um trecho do vídeo. Ao ser questionado pelo suspeito, Marcelo Castro chamou o cinegrafista para se aproximar e mostrar o celular onde estava sendo feita uma transmissão ao vivo nas redes sociais, enquanto, mais uma vez negociava com o homem.

“Se você quiser se entregar, você vai segurar o microfone e vai até a viatura agora”, afirmou.

A negociação culminou na liberação da mulher refém e na prisão do suspeito, que se entregou às autoridades. A PM apreendeu uma pistola Glock, duas granadas, munições, drogas e outros materiais, que foram encaminhados à Central de Flagrantes.

A PM informou em nota oficial que uma investigação preliminar apontou que os policiais envolvidos na ocorrência não seguiram os procedimentos padrão de negociação em situações como essa. Por conta disso, foi instaurado um processo disciplinar sumário, conforme determina a Lei 7990/2001, que rege o Estatuto da PM-BA. A medida tem o objetivo de apurar as possíveis falhas e responsabilidades dos agentes.

O procedimento correto que os policiais deveriam seguir e a data para a conclusão da investigação não foram detalhados pela PM. Ainda no comunicado, a corporação reforçou o compromisso com a disciplina e o cumprimento dos protocolos operacionais, “assegurando que eventuais descumprimentos das normas serão investigados com transparência, visando preservar a confiança nas ações da instituição”.

A reportagem entrou em contato com o comando da 23ª CIPM, que afirmou que o posicionamento oficial sobre o caso será dado pela corporação. A defesa do jornalista Marcelo Castro também foi procurada, mas não houve resposta até a última atualização da matéria.

Confira a nota da PM na íntegra:

“A Polícia Militar da Bahia informa que está apurando a atuação de policiais lotados na 23ª CIPM durante uma ocorrência registrada no dia 10 de dezembro de 2024, no bairro de Tancredo Neves, que envolveu a tomada de refém.

Na ocasião, durante patrulhamento na Rua Valdinei Teixeira, os militares enfrentaram homens armados que reagiram à abordagem e se refugiaram em um imóvel, onde fizeram uma mulher refém. Após negociações, os suspeitos se renderam, sendo apreendidos com eles uma pistola Glock, duas granadas, munições, drogas e outros materiais, que foram encaminhados à Central de Flagrantes, junto aos detidos, para as providências cabíveis.

A investigação preliminar aponta que procedimentos padrões e técnicas específicas de negociação não foram adotados na condução da situação. Assim sendo, foi instaurado um processo Disciplinar Sumário com finalidade de apurar o ocorrido.

A Polícia Militar reforça seu compromisso com a disciplina e o cumprimento dos protocolos operacionais, assegurando que eventuais descumprimentos das normas serão investigados com transparência, visando preservar a confiança nas ações da instituição”.

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