Riqueza de gerações: conheça as histórias dos profissionais que trabalham na Feira Livre de Berimbau

Nas feiras livres, o cotidiano da população se mistura com o cheiro fresco de alimentos, conversas descontraídas e a troca de sorrisos entre feirantes e clientes. No entanto, por trás desse cenário colorido, há histórias de vida repletas de desafios, conquistas e superação. Por amor, sobrevivência, herança familiar ou habilidade, os profissionais que atuam nas feiras são muito mais do que vendedores. Eles representam a força do trabalho, a resistência e o desejo de melhorar a vida.

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Na Feira Livre de Conceição do Jacuípe, por exemplo, a trajetória de muitos feirantes vai além das barracas, refletindo sonhos e objetivos alcançados. O portal FALA GENEFAX conversou com alguns personagens que dão vida à feira para conhecer de perto as histórias dessas pessoas.

Carmelita ao lado da mãe, Maria – Foto: Fala Genefax

Carmelita dos Santos, conhecida como Carmel, retornou ao trabalho na feira recentemente, após abrir e fechar uma loja. Durante um período, ela pensou em desistir, mas foi incentivada por sua mãe, Maria Gonçalves dos Santos, a continuar. Maria, sempre ao lado da filha, a motivou com palavras de apoio: “Eu disse a ela: a gente vai devagarzinho. O importante é estarmos na feira, junto com as pessoas, brincando, conversando, vendendo.”

Quando questionada sobre o conselho que daria a alguém da sua idade que deseja começar a empreender na feira, Carmelita respondeu com determinação: “É tentar, né? As coisas estão difíceis, mas ficar em casa não resolve. É preciso tentar, correr atrás e ter muita força.”

Rosimeire, carinhosamente chamada de Rosa – Foto: Fala Genefax

Rosimeire, carinhosamente chamada de Rosa, é feirante há quase 30 anos. Ela relata com orgulho que sua trajetória na feira não se resume apenas ao sustento, mas à construção de uma vida digna para seus filhos. Graças ao esforços diários, conseguiu comprar sua casa e investir na educação de seus dois filhos. “Um é mecânico e a outra é publicitária. Conquistei o bem-estar de meus filhos e os criei com dignidade. A gente trabalha para ajudar os filhos sempre”, disse Rosa, enfatizando o papel essencial que o trabalho desempenhou na construção de um futuro melhor para sua família.

Juliana Silva – Foto: Fala Genefax

Juliana Silva é natural de Coração de Maria e trabalha há 13 anos na Feira Livre de Berimbau. Ao longo desse tempo, com muito esforço e trabalho, conseguiu comprar um lote e construir sua própria casa, realizando sonhos que pareciam distantes. Em entrevista, Juliana compartilhou um conselho valioso: “É preciso acreditar e batalhar, que a gente consegue chegar lá.”

Georgina Sena – Foto: Fala Genefax

Georgina Sena, moradora de Nova Conquista, comunidade de Santo Amaro, trabalha na Feira Livre de Berimbau há muitos anos. Ela conta que a feira é praticamente sua segunda casa, e tudo o que ela tem, desde o sustento até o pagamento de suas contas, é fruto do trabalho diário no local.

“Aqui tudo é natural, tudo do meu sitiozinho. Nós plantamos, colhemos e trazemos para a feira. Tenho três filhos e criei todos debaixo da barraca. Graças a Deus, só tenho a agradecer, pois é daqui que tiro o meu sustento. É daqui que eu tenho a minha rendazinha, e sou feliz da vida por isso”, contou.

Seu conselho para os mais jovens é direto: “É preciso trabalhar, ter muita fé em Deus e economizar. Se a gente não economiza, a velhice vai chegando e tudo vai ficando mais difícil.  Então, tem que economizar. Se ganha R$ 100,00, guarda R$ 50,00. Não gasta tudo, não”, recomenda.

Margarida Santana, a Lila do Beiju – Foto: Fala Genefax

Margarida Santana, a Lila do Beiju, trabalha na feira há quase 30 anos e começou sua jornada com a venda de produtos simples, como andu e feijão de corda. Com o tempo, ela diversificou os produtos e conquistou mais espaço. Sua trajetória é marcada pela persistência e pela busca por uma vida melhor para seus filhos.

“Comecei trazendo uma caixa de beiju, depois eu passei a trazer 2, 3, 4, na semana seguinte eu estava com 6 caixas de beiju vendendo na feira. E nisso eu continuei. E aí depois eu consegui fazer uma casa para colocar meus filhos dentro, porque eu não tinha casa. Minha casa era bem pequenininha, era um quarto de sala, nem banheiro não tinha. Consegui fazer uma casa maiorzinha, com banheiro, reboque, piso. Hoje, a gente mudou para aqui tem 4 anos, hoje eu me tornei produtora de ovos, eu tenho um carrinho chamado Uno, eu comprei um carro melhorzinho”, relatou, com orgulho de suas conquistas.

José Elias – Foto: Fala Genefax

José Elias, de 75 anos, começou a trabalhar aos 17 e há mais de 30 anos se dedica ao comércio na feira. Com muito esforço, ele conseguiu conquistar sua casa e seu carro, nas palavras dele “através do trabalho manual”. “Eu gosto de fazer o que faço, trabalho com o povo e assim a vida vai”, disse.

 

 

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