Operação desarticula esquema de corrupção de empresa fantasma em Conceição do Jacuípe

Integrantes do esquema de corrupção desarticulado pela Operação Overclean utilizaram uma empresa fantasma registrada em nome de um vigilante para lavar R$ 85,4 milhões desviados de contratos firmados com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) junto a prefeituras da Bahia entre 2021 e 2024. A informação consta no relatório de investigação da Polícia Federal (PF), que serviu de base para os decretos de prisão preventiva expedidos no último dia 10 pelo juiz Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara da Justiça Federal em Salvador.

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A empresa envolvida, BRA Teles, está sediada em Conceição do Jacuípe e tem como dono Rogério Teles Ferreira Correia, um vigilante que trabalha no Shopping Bela Vista, em Salvador, desde 2018, com um salário mensal de apenas R$ 2,5 mil. Apesar disso, a empresa movimentou R$ 170.853.740,28 entre 2021 e 2024, caracterizando-se como uma “conta de passagem” para dificultar o rastreamento dos recursos.

Busca na internet indica informações sobre a empresa – Foto: Reprodução

A investigação revelou que a movimentação financeira da BRA Teles aumentou exponencialmente a partir de abril de 2022, quando o vigilante outorgou poderes para Milton Fernandes, um dos 16 presos por ligação com os desvios no Dnocs. Fernandes, apontado como testa de ferro de Alex Parente, líder do esquema, gerenciava as contas da empresa de fachada para ocultar a origem ilegal dos valores.

Durante as investigações, a equipe da Overclean descobriu que a empresa não existia no endereço informado à Receita Federal e que suas contas bancárias eram controladas pelos irmãos Alex e Fábio Parente, utilizados para repassar suborno a servidores. Grande parte do caixa da BRA Teles foi abastecida por empresas vinculadas ao esquema, como FAP Participações, Allpha Pavimentação e Larclean Saúde Ambiental.

Os alvos de prisão preventiva na Bahia estão encarcerados no Centro de Observação Penal (COP), no Complexo Prisional da Mata Escura, em celas separadas para evitar comunicação entre os investigados. Durante as buscas, a Overclean apreendeu 23 carros de luxo, seis apartamentos de alto padrão, três jatinhos, três iates, 38 relógios chiques, mais de R$ 3,4 milhões em espécie e uma grande quantidade de joias, totalizando mais de R$ 5 milhões.

 

 

 

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