Operação prende três PMs suspeitos de invadir domicílios, executar pessoas rendidas e alterar cenas dos crimes na Bahia

Nesta terça-feira (17/12), três policiais militares foram presos durante operações realizadas nas cidades de Jequié e Ilhéus, no interior da Bahia. Os agentes são suspeitos de estarem envolvidos em crimes como invasões de domicílios, execuções de pessoas rendidas e alteração das cenas de homicídios. As prisões aconteceram em ações coordenadas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e contaram com o apoio da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP).

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Além das prisões, outros cinco policiais militares tiveram mandados de busca e apreensão cumpridos. As operações ocorreram, além de Jequié e Ilhéus, no município de Lafaiete Coutinho. Durante as ações, foram encontrados simulacros de arma de fogo, armas, munições, dinheiro em espécie, celulares, balanças de precisão, drogas e outros objetos que fazem parte das investigações.

Os três policiais que tiveram mandados de prisão cumpridos também enfrentaram outras acusações. Dois deles, um em Jequié e outro em Ilhéus, foram flagrados com drogas durante a operação.

As investigações, conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp), têm como foco três homicídios registrados em Jequié, cidade com índices elevados de letalidade policial. Os casos estavam inicialmente classificados como “mortes decorrentes de intervenção policial por resistência armada”, mas o MP-BA levantou suspeitas de que os crimes envolvem execuções e modificações nas cenas dos crimes.

Confira abaixo detalhes sobre os crimes:

  • Uma das operações, denominada “Anunciação” investiga as circunstâncias da morte de Joelson Macedo dos Santos Gomes, ocorrida em fevereiro de 2023, em Jequié.
  • A operação “Faxina” visa elucidar a morte de Eric Pereira Maciel, ocorrida em janeiro de 2024, no mesmo município.
  • Já a operação “Choque de Ordem” dá andamento à investigação da morte de Kailan Oliveira de Jesus, ocorrida em maio de 2023, também em Jequié.

Essas operações, além de buscarem responsabilizar os envolvidos nos homicídios, têm como meta garantir maior transparência nas investigações sobre mortes cometidas por agentes do Estado.

A operação foi realizada de forma integrada, com a participação do MP-BA através dos grupos Geosp e Gaeco, e da SSP-BA, com a Corregedoria da Polícia Militar e a Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force). A ação visa não só prender os suspeitos, mas também reforçar a fiscalização sobre as práticas policiais na região.

O município de Jequié, que lidera o ranking de letalidade policial no Brasil, tem sido alvo de atenção constante do Ministério Público. De acordo com o Anuário de 2024 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Jequié registrou 74 mortes por intervenção policial em 2023, representando cerca de 55% do total de homicídios, com uma taxa alarmante de 46,6 mortes por intervenção policial a cada 100 mil habitantes.

O MP-BA, por meio de um procedimento específico, acompanha de forma contínua as mortes decorrentes de intervenção policial na cidade, com o intuito de apurar eventuais abusos de poder e garantir que os responsáveis sejam punidos.

 

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