Colégio Estadual de Amélia Rodrigues realiza 2ª edição do Projeto Nas Ondas da Literatura com foco no protagonismo feminino

O Colégio Estadual de Tempo Integral Amélia Rodrigues (CEAR) realizou nesta sexta-feira (22/11), o encerramento da 2ª edição do projeto Nas Ondas da Literatura, que este ano abordou o tema “Entre Letras e Lutas: Protagonistas Femininas na Literatura”.
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O evento envolveu estudantes dos 3º anos e do 2º ano do ensino integral e contou com uma programação rica em apresentações teatrais, literárias e musicais.

A professora Lucidalva Boaventura, gestora do CEAR, destacou a importância do projeto para o desenvolvimento dos alunos. “Dentro da unidade escolar, esse projeto tem uma significância muito grande, porque os meninos são protagonistas. São eles que preparam, fazem as leituras, a recriação. A literatura indiscutivelmente hoje tem um papel fundamental na sociedade. A gente teve clássicos do século passado sendo apresentados aqui, e quando a gente vê eles sendo associados a realidade que vivemos hoje, pensamos como isso motiva a transformação da realidade, como isso traz o autoconhecimento, a auto-preparação, como os meninos se posicionam diante das leituras que eles fazem”, pontuou.

Apesar de ter um tempo relativamente curto em atividade, o CEAR já se consolidou como um espaço de aprendizado e transformação social. Lucidalva também destacou a importância das políticas públicas implementadas na escola, que atende atualmente 1.250 alunos. “A gente tem na escola hoje um espaço em que exploramos todos os programas que vêm da rede estadual. O fruto disso são as premiações que temos. Temos esporte, cultura, educação, bem-estar, lugar de convivência, porque não basta só ter um espaço desse jeito, a gente precisa necessariamente ter a vontade de fazer a diferença. E estamos construindo essa história, essa identidade do CEAR.”

Para Gilmara Belmon, Secretária de Educação e Cultura de Amélia Rodrigues, o projeto é um reflexo do potencial transformador da literatura, que abre portas para o desenvolvimento do pensamento crítico e ético dos estudantes. “É uma honra participar deste evento, tanto como Secretária Municipal de Educação e Cultura quanto como professora e escritora. Sabemos que historicamente as mulheres, em especial as negras, estiveram excluídas da literatura, e sabemos que historicamente as mulheres estiveram excluídas, em especial as mulheres negras, e hoje nós estamos aí nesse aquilombamento de escritoras e escritores negros e que apresentam a mulher como potência nos personagens”, disse.

Iraildes Santos, professora e responsável pela idealização do projeto, explicou como o projeto se desenhou ao longo do ano. “A gente começa todo esse processo no início do ano, incentivando os meninos a lerem obras de literatura. Tem toda uma dinâmica, começamos com as histórias em quadrinhos para ficar mais fácil, e depois fazemos esse mergulho na obra literária. Até aqueles alunos que dizem não gostar de ler, quando começam a mergulhar nas ondas da literatura, eles se descobrem enquanto leitores, enquanto escritores, roteiristas”, contou a professora, lembrando que o projeto tem um caráter de continuidade, sendo desenvolvido há 12 anos e chegando a sua 2ª edição no CEAR.

Parabéns aos professores envolvidos, de maneira especial para a professora Iraildes, idealizadora do projeto, todos os alunos, colaboradores, coordenação e gestão do CEAR que fizeram o Segundo Café Literário ser um sucesso.
O CEAR é uma grande potência e eu tenho orgulho de fazer parte dessa comunidade. Obrigada GENEFAX pela belíssima cobertura do evento!