Médico investigado por injúria racial contra auditora é encontrado morto dentro de casa

O médico obstetra Luís Leite, investigado por suspeita de injúria racial contra uma auditora da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), foi encontrado morto em sua residência, na cidade de Itabuna, no sul do estado, nesta quinta-feira (21/11). A causa da morte foi identificada como insuficiência respiratória, congestão e tromboembolismo pulmonar.
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Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas pelos familiares de Leite, e ao chegarem ao local, constataram o óbito. Após a realização da necropsia no Instituto Médico Legal (IML), o corpo foi liberado e deverá ser sepultado em Salvador, embora o horário e o local do funeral ainda não tenham sido divulgados.
Luís Leite era alvo de uma investigação desde fevereiro deste ano, quando foi acusado de injúria racial pela auditora, uma mulher negra, que relatou ter sido ofendida por ele durante uma auditoria na Maternidade Otaciana Pinto, onde o médico estava de plantão. Segundo a denúncia, o obstetra teria feito comentários racistas ao afirmar que a auditora era “bonita por ter sangue branco” e questionado se ela já havia visto alguém com “pele preta ser bonita assim”. A vítima classificou essas falas como um insulto de cunho racial.
Em março de 2023, Leite foi preso preventivamente, mas foi solto após audiência de custódia, ao pagar fiança no valor de R$ 14.120. No entanto, o médico voltou a ser preso em outubro do mesmo ano, mas novamente obteve a liberdade por meio de um habeas corpus, sendo autorizado a recorrer em liberdade.
Desde o início do processo, a defesa de Luís Leite refutou as acusações, alegando que o médico apenas havia elogiado a auditora sem intenção de ofender, e que as palavras atribuídas a ele teriam sido mal interpretadas.