Criminalista revela quantos anos de prisão Bolsonaro pode pegar por crimes antidemocráticos
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (21) por três crimes que, somados, podem levar a uma pena de até 28 anos de prisão. Além de Bolsonaro, outras 36 pessoas foram indiciadas no relatório final da PF, que foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O próximo passo é a análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pode apresentar ou não denúncia contra Bolsonaro e seus aliados.
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Os crimes investigados envolvem um suposto golpe, apropriação e venda ilegal de joias pertencentes ao patrimônio da Presidência da República, e a fraude de cartões de vacinação. Nos casos das joias, Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa (1 a 3 anos de prisão), peculato (2 a 12 anos) e lavagem de dinheiro (3 a 10 anos). Já na investigação sobre os cartões de vacinação, ele é acusado de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informação, com penas que podem chegar a até 15 anos.
O criminalista Paulo Amador da Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, afirmou que só se manifestará após ter acesso ao relatório da PF para emitir “uma manifestação mais segura”. Em declaração ao portal Metrópoles, Bolsonaro rebateu as acusações, dizendo que “a luta começa na PGR” e criticando a atuação da PF, que, segundo ele, “usa criatividade” nos processos.
O indiciamento representa mais um capítulo das investigações envolvendo Bolsonaro, que já havia sido alvo de outros inquéritos. A PGR pode solicitar complementações às investigações da PF, oferecer denúncia ou decidir pelo arquivamento do caso. Caso a denúncia seja aceita, o STF será responsável pelo julgamento.
