Polícia Federal deflagra Operação Coronelismo para combater crimes eleitorais

Nesta terça-feira (1º/10), a Polícia Federal (PF) deu início à Operação Coronelismo com o objetivo de combater crimes eleitorais e atividades ilícitas associadas, praticadas por uma coligação partidária no Sul da Bahia. A operação se concentrou em diversas localidades, incluindo o Palácio Paranaguá, o Posto Leleu e o comitê de campanha do candidato a prefeito pelo PSD, Bento Lima, ex-secretário de Gestão.
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Os agentes da PF executaram nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Ilhéus, Salvador e Conceição do Coité, todos emitidos pela Justiça Eleitoral de Ilhéus, após uma representação feita pela própria PF e apoiada pelo Ministério Público Eleitoral.
As investigações revelam que recursos municipais, incluindo o uso de servidores públicos, veículos e combustíveis, foram utilizados ilegalmente em benefício de uma coligação política, resultando em prejuízos aos cofres públicos. Além do uso irregular da estrutura pública, foram descobertas fraudes documentais, como contratos superfaturados, possivelmente usados para ocultar o desvio de recursos públicos em favor da campanha.
Os suspeitos poderão enfrentar diversas acusações, entre elas o uso de veículos públicos em campanha eleitoral, o que pode acarretar o cancelamento do registro ou diploma do candidato envolvido. Outras acusações incluem peculato, falsificação de documentos públicos e associação criminosa. Além disso, os atos podem ser caracterizados como abuso de poder econômico e improbidade administrativa.
O nome “Operação Coronelismo” foi escolhido em alusão a um período histórico da política brasileira, onde os chamados “coronéis”, líderes locais com forte influência política e social, manipulavam a população e utilizavam o poder público para fins privados. Este esquema de dominação política, comum no Brasil do início do século XX, envolve práticas como abuso de poder e corrupção, que se assemelham às condutas investigadas pela operação.