Falta de higiene, ventilação e banheiro com mau cheiro: lar para idosos é fechado por causa de condições precárias

Um lar para idosos, que funcionava em um imóvel de órgão público ocupado de forma irregular, foi fechado na manhã desta terça-feira (24/9), no bairro da Liberdade, em Salvador.

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Segundo apurações da 3ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de Salvador, a Instituição de Longa Permanência para Idosos (IPLI) funciona de forma clandestina, sem documentação legal, em desrespeito completo ao Estatuto do Idoso, colocando em total vulnerabilidade e risco a saúde de 16 idosas abrigadas no imóvel.

Algumas idosas serão encaminhadas para casas de familiares ou outros abrigos da cidade.

A medida de fechamento foi tomada após inspeção de equipes técnicas do Ministério Público da Bahia (MP-BA) realizada no dia 16 de setembro, que constatou condições precárias em termos físicos e de serviços.

Na ocasião, uma das idosas foi deslocada imediatamente pela Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) a pedido do MP-BA para um hospital, após ser encontrada em estado de desidratação. Ela ainda está internada.

Condições precárias

  • Segundo o relatório, o abrigo era calorento, sem ventilação, com teto coberto por telhas de amianto, tinha fiação exposta, e um único banheiro, sujo, com mau cheiro, sem porta, acessibilidade e iluminação.
  • A cozinha também não apresentou condições de higiene e não tem ventilação.
  • A unidade não ofertava atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer, tendo apenas a televisão como fonte de entretenimento.
  • Já o local de medicamentos estava sujo e desorganizado e as medicações não tinham identificação das pacientes. Também não foram identificadas as prescrições médicas.

O fechamento foi realizado por equipes do Ministério Público da Bahia, Vigilância Sanitária municipal, Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), da Polícia Civil e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

A promotora de Justiça Ana Rita Nascimento explicou que, após a inspeção, o MP-BA entrou em contato com a responsável pelo lar para que ela deixasse imediatamente o imóvel e providenciasse a entrega das idosas às famílias. No entanto, nenhuma medida foi tomada.

O MP-BA também entrou em contato com familiares para que eles adotassem providências e nada foi realizado. Esses poderão ser responsabilizados judicialmente.

 

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