Jogadores do Vitória são agredidos a pauladas por integrantes de torcida organizada

Atletas estavam em um bar, na noite deste domingo (14), quando foram abordados pelo grupo.

Dois jogadores do Vitória foram agredidos a pauladas por integrantes da torcida organizada Imbatíveis, na noite deste domingo (14/7), no bairro de Canabrava, em Salvador. Segundo testemunhas, Rodrigo Andrade e Eduardo Marcelo Rodrigues Nunes, conhecido como Dudu, estavam em um bar, que foi invadido pelos criminosos.

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Além das agressões, os torcedores quebraram dois carros que estavam estacionados na frente do estabelecimento. Um deles era de Dudu e o outro da empresária Luciana Ribeiro, moradora do bairro, que tinha entrado no bar para comprar refrigerante para o filho.

Os dois jogadores têm tido atuações nos últimos jogos e comprometimento questionados por parte da torcida rubro-negra. O Vitória é o atual 16° colocado no Campeonato Brasileiro, onde briga contra o rebaixamento.

As assessorias de imprensa dos jogadores e do Vitória foram contatadas, mas não responderam atualização desta reportagem. O portal também tenta o posicionamento do presidente da Torcida Uniformizada Imbatíveis, Gabriel Oliveira.

Segundo Luciana Ribeiro, os jogadores estavam em uma confraternização com amigos, quando os torcedores pularam o muro do bar e começaram as agressões.

Bar em que jogadores estavam quando foram agredidos. — Foto: Reprodução/TV Bahia
Bar em que jogadores estavam quando foram agredidos. — Foto: Reprodução/TV Bahia

“Os torcedores da Imbatíveis vieram, uniformizados, todos de bermudas, alguns tapando os rostos com as camisas. O bar estava fechado, eles pularam o muro do estabelecimento”, contou a moradora.

De acordo com Luciana Ribeiro, Rodrigo Andrade conseguiu se esconder dos torcedores, mas Dudu chegou a trocar socos com os criminosos.

“Depois o Dudu pulou o muro, os torcedores correram atrás e conseguiram bater nele. Na frente do bar tinham dois carros parados: um de Dudu e o meu. Eles acharam que o meu era de Rodrigo Andrade”, disse a empresária.

Pedaço de madeira usado pelos agressores foi abandonado na rua. — Foto: Reprodução/TV Bahia
Pedaço de madeira usado pelos agressores foi abandonado na rua. — Foto: Reprodução/TV Bahia

Luciana Ribeiro afirma que não tem relação com os jogadores e pede para que o prejuízo causado no carro dela seja custeado pela torcida organizada.

“Depreciaram meu carro e eu quero que o presidente da torcida organizada, que inclusive postou um texto logo depois que o caso aconteceu dizendo que fez mesmo, se responsabilize e pague meu carro”.

Carro da moradora ficou destruído. — Foto: Reprodução/TV Bahia
Carro da moradora ficou destruído. — Foto: Reprodução/TV Bahia

“Eu não tenho nada a ver se eles não estão satisfeito com o time e querem fazer justiça com as próprias mãos. Eu não tenho nada a ver com isso”, lamentou.

Nas redes sociais, ainda na madrugada desta segunda-feira (14), viralizaram nas redes sociais, publicações em que o presidente da Imbatíveis, Gabriel Oliveira, se posicionava a favor da agressão.

No entanto, não há confirmação se de fato as mensagens foram publicadas e apagadas pelo presidente ou se eram montagens, já que elas não estavam visíveis na manhã desta segunda.

Publicações do presidente da TUI viralizaram nas redes sociais. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Publicações do presidente da TUI viralizaram nas redes sociais. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Questionada se os torcedores chegaram a conversar com Rodrigo Andrade e Dudu antes de começarem as agressões, a moradora disse que os criminosos não deixaram os jogadores se justificar.

“Já chegaram na agressão, inclusive invadindo o bar, que estava fechado. Pularam o muro e foram direto para agressão, sem dar qualquer tipo de tempo das pessoas se defenderem”.

“Não teve justificativa, já chegaram com paus na mão, batendo nos jogadores. Foram direto nos jogadores. Rodrigo Andrade correu, Dudu ficou, trocou socos, pulou a grade, mas eles conseguiram alcançar e bateram mais nele, na rua”, relembro.

A reportagem em contato com a Polícia Civil para saber se as agressões foram registradas, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.

 

 

 

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