Homem denuncia agressão de PMs “me deram meia hora para deixar cidade”

De repente bateram em minha porta e perguntaram “tem alguém aí?”. Esse foi o início do relato de Elimar Santos de Jesus, 30 anos, que trabalha com aplicação de gesso. Morador do município de Lauro de Freiras, esta há três meses atuando em uma firma do segmento, e precisou viajar a trabalho para Santo Estevão, centro-norte da Bahia.
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Na noite desta quarta-feira, 8, Elimar contou que não esperava o início do que seria um verdadeiro martírio.
“Estava lavando prato para o jantar, e foi neste momento que bateram em minha porta perguntando se teria alguém na casa que estávamos”, disse.
De acordo com Elimar, esse foi o início da sessão de espancamento, de acordo com ele, praticado por policiais militares, em Santo Estevão.
“Atendi a porta e entraram dois policiais pedindo que eu apresentasse droga. Prontamente disse que era trabalhador, não seria traficante e nem tinha qualquer entorpecente por ali”, conta.
A vítima ainda tentou dialogar e afirma que começou a ser agredido por 2 policiais, enquanto o terceiro teria permanecido na porta da residência, que é alugada pela firma para abrigar os trabalhadores.
“Bateram em um colega meu da firma também e me colocaram na viatura. Só não me levaram pela insistência dos vizinhos. Um dos PMs me disse não ter gostado de minha cara e que eu teria meia hora para deixar a cidade”.
Uma queixa deve ser prestada pela vítima, de acordo com relato próprio, à Corregedoria da Policia Militar, na capital baiana.
Procurada pela reportagem, A PM-BA ressalta que qualquer denúncia deve ser formalizada para que seja apurada oficialmente. Disse ainda que os registros na Corregedoria da PMBA podem ser realizados presencialmente 24h na Rua Amazonas, 13, bairro da Pituba, em Salvador. A unidade também recepciona denúncias por meio da ouvidoria (0800 284 0011) e do disque denúncia (181).