Sangue foi retirado do corpo de Pelé pela veia jugular antes do velório; saiba por quê

O velório de Pelé acontece nesta terça-feira (2/1), quatro dias após a confirmação da morte do brasileiro que encantou o mundo com a bola nos pés. Para que o corpo ficasse preservado até a cerimônia, que será aberta para a visitação dos admiradores, o cadáver passou por um processo de embalsamento. O procedimento também cria melhores condições de transporte.

Uma das etapas do embalsamento, cientificamente conhecido como tanatopraxia, é a injeção venosa de um líquido à base de formol, álcool, glicerina e outras substâncias, que expulsa do corpo o sangue através da veia jugular. Essa etapa devolve a coloração da pele.

No geral, a tanatopraxia retarda o processo de decomposição do corpo por meio de higienização, necromaquiagem e aplicação de produtos químicos. Na maquiagem, após a limpeza do cadáver, a expressão facial é reconstituída com a utilização de cosméticos. Nesta fase também é decidida a roupa a ser vestida e adiciona-se algodão para tampar a boca e as narinas.

O preparo do corpo aconteceu no próprio Hospital Albert Einstein, hospital onde ele estava internado. O embalsamento permitirá que o velório do Rei do Futebol aconteça com o caixão em urna aberta.

Os corpos de outras personalidades como Gugu, Itamar Franco, Sócrates, Joelmir Beting, Arnaldo Jabor e Tarcísio Meira também foram submetidos a procedimento semelhante.

Cortejo e enterro

O velório, que teve início às 10h desta segunda-feira (2/1) deve ser encerrado às 10h de terça-feira (3), quando o corpo do tricampeão mundial será levado em cortejo pelas ruas de Santos. O trajeto passará pelo Canal 6, onde mora a mãe de Pelé, Dona Celeste Arantes, que completou 100 anos em novembro.

O enterro deve acontecer às 14h, em solenidade restrita a familiares. Pelé será sepultado em um mausoléu no primeiro andar do Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, homologado há mais de 20 anos no Guiness Book, o livro dos recordes, como o mais alto cemitério vertical do mundo. O Rei optou pelo local pessoalmente, há 19 anos.

“Escolhi por sua organização, limpeza, estrutura. É um local muito agradável. A gente não se sente deprimido, nem parece que estamos num cemitério. Ficamos à vontade, nos transmite tranquilidade, paz”, disse Pelé, na ocasião.