Madrinha de menino de 12 anos denuncia mãe por maus-tratos; criança sofreu queimaduras de 3º grau

Do Aratu On parceiro do FALA GENEFAX
A mãe de um adolescente de 12 anos foi denunciada por maus-tratos ao próprio filho. Andreia Souza, que é prima e madrinha do garoto, participou do programa Cidade Aratu, da TV Aratu desta segunda-feira (10/4) e contou que, em dos episódios de agressão, o menino teve a mão queimada com ovos quentes, sofrendo lesões de terceiro grau.
Além disso, ele teria sofrido uma tentativa de enforcamento, também. “Estamos nos reestabelecendo emocionalmente, porque foi uma situação muito trágica na vida dessa criança. Apesar dele ter 12 anos, tem 1,33 m e 27 kg. Então, para mim, é uma criança”, disse a madrinha.
Segundo a madrinha do garoto, que mora em Jacobina, ele vem sendo maltratado pela genitora há muito tempo, mas a família não sabia. “Ele não contava. Até que chegou a esse momento e os vizinhos denunciaram ao Conselho Tutelar. Eles recolheram a criança e, para não ir para um abrigo, ficou com os nossos familiares que moram aí em Salvador”, completou.
REQUINTES DE CRUELDADE
Andreia explicou que o episódio da queimadura ocorreu porque o menino tinha comido “um pouquinho de chocolate”. “Ela [a mãe] esquentou água, colocou o ovo e, em seguida, pôs na mão dele. Em seguida, verificou se estava queimada e apertou as duas mãos e estourou as bolhas que se formaram”, afirmou Andreia, que disse, ainda, que o adolescente ficou mais de 24 horas sem atendimento médico.
O advogado Tácio de Oliveira explicou as providências que devem ser tomadas quando uma criança ou um adolescente passa por situações de agressão e/ou abuso.
“Primeiro, a gente deve esclarecer o que é poder dos pais diante dos seus filhos. O poder que o estado dá é de proteção, que é a palavra-chave no que se tange a uma criança vulnerável e incapaz. É necessário analisar não só as agressões de forma emocional, mas de forma técnica. Tem que saber qual foi o objetivo desse castigo, que foi dado de forma exacerbada e que levou a essas lesões graves, como podemos ver a olho nu”, afirma o especialista.