VÍDEO: Na delegacia, integrantes do BDM dão “corretivo” em suspeito de assassinar homem em Saubara

Um vídeo que está sendo divulgado nas redes sociais mostra um homem suspeito de assassinar Walace Alves dos Reis, morto a tiros em um espaço de eventos na cidade de Saubara no dia 29 de maio, sendo agredido por outros detentos dentro da prisão. O suspeito, identificado pelas iniciais D.A.J e conhecido pelo apelido “Cara de Bagre”, foi preso por equipes das polícias Militar e Civil de Santo Amaro no distrito de Acupe no último dia 30.

Conforme informado por populares, os detentos que agrediram “Cara de Bagre” são integrantes do BDM, facção rival a Tropa do A, da qual ele faz parte. Eles relatam que as agressões teriam sido motivadas porque Walace foi assassinado de forma covarde. No dia 30, moradores chegaram a interditar a ponte de Cabuçu, em protesto pela morte do rapaz.

Enquanto apanha, o homem, que aparece sem camisa nas imagens, tem as mãos seguradas por um outro indivíduo.

As imagens foram registradas na carceragem da Delegacia Territorial de Santo Amaro, entretanto, não há detalhes sobre o dia em que foram gravadas.

Segundo a Polícia Civil, um inquérito foi instaurado na Delegacia Territorial (DT) de Santo Amaro. Somado a isso, um pedido de transferência do detento agredido para um presídio diferente também foi protocolado, além de uma investigação por lesões corporais que está sendo realizada.

Um celular foi apreendido na cela onde ocorreu a agressão.

Entenda o caso

De acordo com a polícia, Walace Alves dos Reis foi covardemente morto em um espaço de eventos no município de Saubara na noite do último domingo (29/5), após acompanhar uma partida de futebol local. O suspeito do crime, acompanhado de outros cujos nomes estão sob sigilo para não atrapalhar a investigação, se aproximaram de Walace, que estava de costas, enquanto fazia as necessidades fisiológicas.

A vítima teria recebido diversos disparos de um revolver calibre .38. A população realizou protesto durante toda a segunda-feira (30/5), reivindicando a presença da imprensa, uma resposta rápida e a resolução do crime. As equipes das polícias civil e militar acompanhavam realizando o gerenciamento de crise.