Estudo aponta que forma de escrever pode revelar traços psicológicos ocultos

Pesquisadores explicam como padrões linguísticos na comunicação digital indicam aspectos da personalidade

A forma como as pessoas se comunicam por meio de mensagens instantâneas, redes sociais ou e-mails tem revelado muito mais do que simples opiniões ou informações objetivas. Segundo especialistas em psicologia, a escolha do vocabulário funciona como um importante indicador do estado mental e da personalidade, podendo inclusive levantar sinais de alerta para traços de psicopatia.

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De acordo com a pesquisadora Charlotte Entwistle, da Universidade de Liverpool, esses indícios costumam surgir na linguagem escrita muito antes de se manifestarem de forma explícita no comportamento cotidiano. Para ela, a comunicação digital oferece um campo fértil para observar padrões psicológicos que passam despercebidos em interações presenciais.

Sinais de alerta na comunicação digital

Em suas análises, Entwistle destaca que indivíduos com traços de personalidade considerados sombrios tendem a adotar uma linguagem hostil, fria e desconectada. Esses padrões aparecem de maneira recorrente em diferentes contextos de conversa.

Um dos principais sinais é a hostilidade e negatividade, evidenciada pelo uso frequente de palavras ligadas à raiva e agressividade, como “ódio” ou “louco”, além de termos que reforçam uma visão de mundo pessimista ou confrontacional.

Outro indicativo é o foco excessivo no “eu”. Enquanto uma comunicação saudável costuma equilibrar referências individuais e coletivas, pessoas com esses traços tendem a utilizar repetidamente pronomes como “eu”, “meu” e “mim”, demonstrando egocentrismo e baixa empatia.

Também chama atenção a chamada linguagem desconectada, marcada por frieza emocional ao relatar fatos, uso estratégico de palavrões e tentativas de impor domínio sobre a conversa ou sobre o interlocutor.

Psicopatia e linguagem escrita

Segundo a Cleveland Clinic, a psicopatia é uma forma grave de transtorno de personalidade antissocial, caracterizada por baixo nível de ansiedade, percepção inflada de valor próprio e dificuldade em reconhecer emoções alheias. Na comunicação escrita, esses traços podem ser mascarados por um charme superficial, utilizado para manipular a percepção do outro ou esconder intenções reais.

A incapacidade de distinguir nuances entre o certo e o errado, comum nesse transtorno, acaba refletida na forma como essas pessoas respondem a conflitos, especialmente em ambientes digitais, onde o distanciamento emocional facilita comportamentos mais frios ou calculistas.

Cautela na interpretação

Especialistas alertam, no entanto, que o uso isolado de palavrões ou momentos de irritação não é suficiente para definir qualquer diagnóstico. O que realmente importa é a persistência desses padrões linguísticos, associada a outros comportamentos sociais ao longo do tempo.

Identificar esses sinais em interações digitais — seja no ambiente de trabalho, em redes sociais ou em aplicativos de relacionamento — não substitui uma avaliação profissional, mas funciona como uma ferramenta de conscientização, ajudando as pessoas a compreender melhor quem está do outro lado da tela e a conduzir relações com mais segurança, clareza e discernimento.

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