PRESO ODVAN: Liderança do CV em Coração de Maria e região é preso em operação interestadual
Odvan, conhecido como “Aluno”, é apontado como mandante de homicídios e chefe da facção na região

Polícia Civil da Bahia, por meio da DT/Coração de Maria (3ª Coorpin – Santo Amaro), sob coordenação do Delegado Idelfonso Monteiro, realizou na manhã desta semana uma grande operação integrada que resultou nesta segunda feira (08/12) na prisão de Odvan Pereira de Santana, conhecido como “Aluno”, líder da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no município de Coração de Maria/BA e região – líder do grupo criminoso denominado “Tropa do Aluno”.
A ação conjunta contou com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina, da Polícia Militar da Bahia, sendo o mandado cumprido pelas equipes da PMSC 0195 – BOPE/CATE, e do Tático do 22º BPM, do Estado de Santa Catarina. O alvo foi localizado e preso na Comunidade Chico Mendes, em Florianópolis/SC. A captura somente foi possível graças ao levantamento técnico realizado pelas Polícias Civis da Bahia e de Santa Catarina, as quais se utilizaram de ações de inteligência, que permitiram mapear toda a movimentação do investigado, confirmando sua permanência em solo catarinense e definindo o endereço exato para o cumprimento do mandado de prisão.
A prisão decorre de mandado expedido pela Vara Criminal da Comarca de Coração de Maria, a partir de representações no âmbito de inquéritos que apuram os crimes de feminicídio consumado e tentativa de homicídio qualificado, além de crimes praticados no contexto de atuação de organização criminosa. Segundo as investigações, Odvan, o “Aluno”, mesmo residindo fora da Bahia, exercia comando direto sobre os integrantes da facção em Coração de Maria, autorizando execuções de rivais, ordenando os famosos “salves” com o intuito de atemorizar a população cormariense, assim como, definindo punições internas entre os próprios faccionados. Em um dos episódios mais graves apurados, Odvan autorizou a execução de Rebeca Barbosa, ocorrida em 11/10/2025 após solicitação de um de seus subordinados, decisão repassada via ligação telefônica, caracterizando-o como mandante do crime (IP 108321/2025).
Além desse caso, Odvan também é apontado como responsável por ordens relacionadas a tentativas de homicídio, mantendo o controle das ações violentas mesmo à distância. As investigações revelaram que a facção atua em Coração de Maria e em Conceição do Jacuípe com uma estrutura organizada e hierarquizada, seguindo o padrão típico de atuação do Comando Vermelho, qual seja: • Comando remoto exercido por Odvan, com ordens transmitidas por ligações telefônicas e aplicativos de mensagens; • Gerentes locais, responsáveis pelo controle do tráfico, disciplina interna e execução de ordens; • Execução de crimes violentos, principalmente homicídios e tentativas de homicídio, como forma de manutenção do domínio territorial, cobrança de dívidas e suposta “disciplina” imposta pela facção; • Uso de intimidação armada, sequestros e cárcere privado para condução das vítimas até locais de execução; Tentativa de ocultação de provas, incluindo ordens para destruição de provas e outros elementos ligados aos crimes; • Ameaças constantes a moradores e rivais para impor o controle da criminalidade local.
Ressalte-se que, mesmo fora do estado, Odvan era considerado a principal referência de liderança do grupo, responsável por autorizar mortes e resolver conflitos internos, funcionando como um verdadeiro “tribunal do crime” da facção em Coração de Maria. A operação é resultado de um trabalho integrado de inteligência entre as forças de segurança da Bahia e de Santa Catarina, demonstrando a efetividade da cooperação interestadual no combate às organizações criminosas com ramificações em diversos estados.

Em entrevista, o Delegado Idelfonso Monteiro destacou que a prisão do líder da “Tropa do Aluno” representa um duro golpe contra a facção criminosa Comando Vermelho no município de Coração de Maria e região, enfraquecendo a cadeia de comando responsável por ordenar crimes graves e gerar instabilidade na segurança pública local. O preso permanece à disposição da Justiça, devendo ser recambiado para a Bahia para responder pelos crimes que lhe são imputados.
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