O que o Vaticano diz sobre sexo: permissões, proibições e novos conselhos oficiais

Nova nota doutrinal destaca valor afetivo e unitivo da sexualidade, condena poliamor e mantém veto a contraceptivos artificiais.

O Vaticano divulgou, no fim de novembro, a nota doutrinal Una Caro – Elogio della Monogamia, que retoma um dos temas mais sensíveis da Igreja Católica: o papel da sexualidade dentro do casamento. O documento, aprovado pelo dicastério responsável pela doutrina da fé, reafirma que o sexo no matrimônio não tem como única finalidade a procriação, reconhecendo seu valor afetivo, unitivo e espiritual.

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Segundo o texto, a relação sexual pode ser vivida como expressão de amor conjugal, mesmo quando não há intenção de gerar filhos. A orientação destaca ainda que casais inférteis continuam plenamente incluídos na vida sacramental e possuem uma sexualidade legítima e moralmente válida.

A nota reconhece a importância da intimidade também nos períodos naturais de infertilidade, entendendo o ato sexual como um gesto de cuidado, fidelidade e proximidade emocional entre os esposos.

Apesar do tom acolhedor, o documento mantém proibições tradicionais: contraceptivos artificiais — como pílulas, DIU e preservativos — seguem vetados, e o sexo continua sendo moralmente permitido apenas entre um homem e uma mulher unidos pelo matrimônio. Relações extraconjugais e práticas de poliamor são classificadas como incompatíveis com a visão católica de união exclusiva e totalizante.

O texto também critica o que chama de “individualismo consumista pós-moderno”, alertando para a banalização da sexualidade e para relações guiadas somente pelo desejo, sem compromisso ou responsabilidade.

Além de referências bíblicas, a nota cita poetas e filósofos como Pablo Neruda e Kierkegaard, ressaltando a dimensão simbólica e afetiva do amor conjugal.

Embora não represente nova lei, a orientação foi elaborada para auxiliar bispos que enfrentam desafios culturais — especialmente em países africanos onde a poligamia é praticada. Para analistas, a nota reafirma a doutrina tradicional, mas com ênfase renovada no afeto, na unidade e no valor espiritual da sexualidade dentro do casamento.

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