Escola Lápis de Cor realiza última aula pública de 2025 com homenagem às raízes africanas e ao patrimônio brasileiro

A Escola Lápis de Cor realizou, nesta terça-feira (18/11), a última aula pública de 2025. Com o tema “Raízes e Resistência: um olhar sobre o patrimônio brasileiro”, o evento também homenageou o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quinta-feira (20).

Presente há 30 anos em Conceição do Jacuípe, a instituição atende à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental I. A culminância reuniu estudantes, familiares, professores e a comunidade escolar em uma verdadeira viagem pela cultura e pelas tradições brasileiras.
Aprendizagem em vivência

Vanessa Ribeiro, auxiliar da coordenação, explicou que as aulas públicas fazem parte da metodologia anual da escola. “Ao longo do ano nós fazemos quatro aulas públicas. Nelas, são desenvolvidos todos os conteúdos que os alunos aprendem e é a culminância de cada projeto”, disse.

Ela destacou ainda o trabalho realizado pelas turmas durante os projetos. “Os meninos do Grupo 5, por exemplo, estão falando sobre a reciclagem. Eles foram na rua, trabalharam temas ligados à reciclagem e trouxeram essa vivência para a sala. Cada turma traz um tema, mas o tema central da nossa pública são as raízes africanas. Cada sala traz uma perspectiva dessas raízes de uma maneira diferente”, explicou.
Famílias celebram acolhimento da escola

O clima de emoção tomou conta do público. Tamiles Andrade, mãe de Ronaldo Neto e Benjamin Andrade, alunos do Grupo 3 e do 1º ano, respectivamente, destacou o vínculo afetivo com a instituição.

“Somos apaixonados por essa escola. É muito emocionante ver eles se apresentando, a gente chora, ri, brinca junto com eles… O acolhimento de Janilza [diretora] e de Vanessa é sensacional, é realmente uma família.”

Robélia Campos, mãe de Laura Eduarda, estudante do 5º ano, reforçou esse sentimento. “No momento que eu mais precisei, Janilza me abraçou e abraçou meus filhos. Ela, pra mim, não é só uma diretora, é uma amiga que eu confio. O desenvolvimento da minha filha aqui foi muito grande. Eu coloquei ela pequenininha aqui e já estou com saudades, porque ano que vem ela vai para o Fundamental II e estará em outra escola.”
Os pequenos protagonistas

As turmas apresentaram produções variadas: o Grupo 2 trabalhou as cores da infância; o Grupo 3 explorou a imaginação; o Grupo 4 abordou valores; o Grupo 5 falou sobre cuidar da natureza; o 1º ano apresentou uma proposta sobre brincar com a arte; o 2º ano destacou cuidar da terra e valorizar nossas raízes; o 3º ano trouxe o tema Cordel em África; o 4º ano discutiu cultura afro-brasileira e identidade; e os estudantes do 5º ano encerraram com um olhar sobre o patrimônio brasileiro.

As estudantes Ana Bárbara e Malu apresentaram produções sobre as abayomis, bonecas tradicionais confeccionadas manualmente com retalhos de tecido. Criadas por mulheres negras escravizadas como forma de afeto e resistência, durante séculos, essas bonecas foram produzidas como amuletos e brinquedos para acalmar e proteger as crianças durante as travessias forçadas e os períodos de sofrimento. As alunas explicaram como essas bonecas são feitas e reforçaram o significado cultural e histórico por trás de cada uma delas.

Anelise Araújo, 10 anos, também comentou a importância cultural do projeto. “O Brasil é um país muito rico e tem muitas datas comemorativas, especialmente aqui na Bahia, como o samba de roda, uma das expressões culturais mais alegres e importantes, que surgiu no Recôncavo da Bahia.”

Já Maria Eduarda, do 5º ano A, celebrou o momento vivido. “É maravilhoso estudar aqui. Aprendemos as coisas na diversão e no futuro a gente vai representar a nossa escola. Amei apresentar, foi maravilhoso.”
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