Em clima de forte comoção, Coração de Maria se despede de Jurandir Lima, pai do prefeito Kley Lima

Foi sepultado na tarde desta quinta-feira (13/11), no Cemitério Municipal de Coração de Maria, o senhor Jurandir Alves de Lima, pai do prefeito Kley Lima (Avante). Ele faleceu durante a madrugada da última quarta-feira (12), aos 84 anos, enquanto dormia em casa.

A despedida foi marcada por forte comoção e reuniu familiares, amigos e moradores na Paróquia do Sagrado Coração de Maria, onde foi celebrada a missa de corpo presente. Em meio às homenagens, o prefeito fez um discurso emocionado, relembrando memórias do pai e destacando a importância do perdão e da união familiar.

Foto: FALA GENEFAX

“90% das pessoas aqui não conheciam diretamente o meu pai, e eu sei o presente que vocês estão me dando hoje: a igreja cheia, as palavras de sentimentos para a despedida do meu pai”, disse o prefeito, visivelmente comovido.

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Durante o discurso, Kley falou sobre a importância do perdão e da união familiar, destacando que as diferenças nunca devem ser maiores que o amor entre os parentes. “A gente se magoa, mas se ama. É um pedido de coração: vamos dar mais uma chance, vamos perdoar”, afirmou.

Em um dos momentos mais tocantes da homenagem, o prefeito relembrou uma lembrança de infância com o pai, quando ele parou o carro em meio à chuva para procurar uma fita cassete com uma música, a pedido do filho.

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“No final, o que resta é a lembrança, e esse gesto de meu pai sempre me marcou. Eu achava que ele não gostava de mim, que não me amava. Meu pai, como muitos da geração dele, tinha uma forma diferente de educar, tinha as convicções e crenças dele. Um dia, cheio de revolta, tomei coragem – porque eu tinha medo, nunca desafiei meu pai, sempre respeitei – e perguntei: ‘por que o senhor me trata assim?’. Falei: ‘minhas irmãs têm tudo do bom e do melhor, e eu não’. Ele virou pra mim e respondeu: ‘um dia sua irmã vai casar e vai encontrar um marido provedor. E quando você casar, vai ter que ser o arrimo de família”, contou.

Foto: FALA GENEFAX

“Hoje eu entendi o quanto meu pai me amava. Ele estava criando um homem, para hoje ter a família que eu tenho e para poder administrar essa cidade, para ser prefeito”, completou Kley, emocionado.

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Kley também contou que o pai sempre foi apaixonado por política e pela vida no campo, e que, pouco antes de falecer, havia pedido para visitar o cemitério onde gostaria de ser sepultado. “Há uns 30 dias, fiquei sabendo disso ontem, ele chamou um rapaz que trabalha com a gente e falou assim: ‘me leve no cemitério, que eu quero ver onde eu vou ser enterrado’. Assim como eu, meu pai escolheu também Coração de Maria.”

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Natural de outra cidade, o prefeito destacou o vínculo afetivo que a família construiu com o município, especialmente por meio de sua esposa, Gardênia, que é natural de Coração de Maria. “Meu casamento com o Coração de Maria é igual ao meu casamento com Gardênia: até que a morte nos separe. Obrigado, pai, por tudo que o senhor me ensinou”, concluiu Kley, sob aplausos e lágrimas dos presentes.

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