“Perspectivas acerca do envelhecimento”: tema da redação do Enem já havia sido abordado pela prefeita Tânia Yoshida em live
Na ocasião, a gestora discutiu o etarismo, termo usado para definir o preconceito baseado na idade.

A prova de redação do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 teve como tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”. O assunto, que trata de um dos desafios sociais mais urgentes do país, já havia sido abordado pela prefeita de Conceição do Jacuípe, Tânia Yoshida (PSD), em uma de suas lives semanais realizadas no mês de setembro.
Prefeita Tânia Yoshida discute etarismo e consequências legais e sociais: ‘Prática discriminatória’
Na ocasião, a gestora discutiu o etarismo, termo usado para definir o preconceito baseado na idade, e destacou a importância de reconhecer e combater discriminações que afetam, principalmente, as pessoas idosas.
“O etarismo pode atingir tanto os mais jovens, quando considerados inexperientes ou imaturos, quanto os mais velhos, associados à incapacidade ou fraqueza. No Brasil, a forma mais comum é contra os idosos, também chamados de idadismo”, explicou.
Durante a transmissão, a prefeita comentou situações cotidianas em que o etarismo se manifesta, como a recusa em contratar alguém por causa da idade, o uso de expressões pejorativas como “velho gagá”, “muito novo para entender”, e até o atendimento negado em serviços de saúde, lembrando que essas práticas configuram crime.
Bacharel em Direito, Tânia destacou ainda a importância do Estatuto do Idoso, que garante proteção contra negligência, discriminação, violência e opressão, e criminaliza a recusa de acesso a serviços, transporte e oportunidades de emprego. Ela reforçou que a Constituição Federal assegura igualdade de direitos a todos, sem distinção de idade.
Para ilustrar o quanto é possível se manter ativo e relevante em qualquer fase da vida, a prefeita citou nomes conhecidos que desafiam estereótipos relacionados à idade, como Barack e Michelle Obama, Donald Trump, Ana Maria Braga e Bruna Lombardi.
“A idade não determina capacidade, produtividade ou relevância social. Eu mesma me formei em Direito em 2019 e gosto de viver intensamente. Idade é uma coisa que está apenas na nossa cabeça”, disse.
O tema do Enem, no entanto, não se limita apenas à discussão sobre o preconceito contra idosos, embora esse seja um dos aspectos mais sensíveis do debate. A proposta permite refletir também sobre a necessidade de reposicionar a velhice como uma etapa ativa da cidadania, com políticas intersetoriais e mudanças culturais voltadas à longevidade, para que o envelhecimento seja visto como capital social e não apenas como sinônimo de vulnerabilidade.
Dentro dessa perspectiva mais ampla, o que foi apresentado por Tânia Yoshida em sua live representa uma das tantas abordagens possíveis, ao chamar atenção para as barreiras sociais e simbólicas que ainda limitam o envelhecimento digno no Brasil.
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