Centro Educacional Atenas celebra a identidade do Recôncavo Baiano na 27ª edição do Festival de Arte e Cultura

O Centro Educacional Atenas realizou a 27ª edição do Festival de Arte e Cultura do Recôncavo Baiano, um dos eventos mais tradicionais e inspiradores da região. Com o tema “Vozes da Resistência”, o festival promoveu uma imersão nas raízes culturais, históricas e artísticas do Recôncavo, reafirmando o compromisso da escola com a valorização da identidade local.
Entre os destaques desta edição esteve a mesa-redonda mediada por um aluno que interpretou o escritor e jornalista Ricardo Ismael, conduzindo uma reflexão profunda sobre o tema central, também título da obra literária debatida durante o encontro.

A atividade contou com a participação de personagens históricos e simbólicos da Bahia, representados por alunos: Maria Quitéria, a primeira mulher a ingressar no Exército Brasileiro e símbolo da coragem feminina; Carol Barreto, renomada estilista e professora, cuja trajetória celebra a força e a criatividade negra do Recôncavo; e Catarina Paraguaçu, figura histórica que simboliza a miscigenação cultural e étnica que deu origem ao povo baiano.

Um sonho realizado

A diretora Cleuma Almeida destacou a emoção de ver o novo palco da escola inaugurado durante o festival. “São 27 anos desejando esse espaço. É diferente quando o evento acontece e você sobe ao palco. Estou muito feliz, realizada mesmo. Esse palco é uma necessidade para o processo cultural da escola, para o teatro, a música e a dança”, celebrou.

Emocionada, Cleuma também ressaltou o orgulho de ver o evento consolidado por mais um ano e reforçou o papel do festival na preservação das tradições do Recôncavo.

“Sou do Portal da Chapada, sertaneja de origem, mas o Recôncavo roubou meu coração. É uma cultura linda, que tem muito a ser mostrado. Nosso objetivo foi resgatar a história, fortalecer a identidade tanto para os nossos alunos quanto para a comunidade. Fiquei encantada com as pesquisas sobre o samba de roda, as fumageiras, o 2 de Julho… É uma riqueza imensa”, disse.
Cultura e protagonismo estudantil
Além da diretora, professores, alunos e familiares participaram ativamente da celebração. Laís Barbosa, professora de Português e Redação, falou sobre o processo de preparação das turmas, que envolveu oficinas, pesquisas e criação de roteiros temáticos.

“Trabalhamos o tema durante todo o ano. Fizemos oficinas e workshops voltados ao Recôncavo. Em seguida, produzimos um roteiro e apresentamos aos alunos, que também fizeram sugestões. Depois partimos para os ensaios, e está aí esse resultado lindo de hoje. Cada turma ficou responsável por um aspecto do Recôncavo. Foi um processo de construção coletiva, com muita pesquisa e envolvimento. É sobre ancestralidade, sobre entender nossas raízes para compreender o presente e o futuro”, afirmou.

Os alunos foram protagonistas do evento e encantaram o público com suas apresentações. João Fernando, que interpretou Ricardo Ismael, falou sobre a importância da experiência. “Foi algo muito diferente. Eu tenho vergonha, mas na escola a gente aprende a vencer esses medos. Representar um pouco do Recôncavo foi muito importante”, contou.

Já Marla Xavier, que viveu Catarina Paraguaçu, destacou o aprendizado histórico. “Descobri quem foi Catarina Paraguaçu, uma indígena tupinambá que teve um papel importante. Nós tivemos oportunidade de conhecer mais sobre a história da região e, no final deixamos um recado: o povo do Recôncavo merece ser feliz”, disse.

O estudante Adriano Júnior, do 6º ano, interpretou um pajé e contou como superou o nervosismo. “Todos os meus colegas e professores me ajudaram e apoiaram muito. Fiquei muito feliz, porque eu nunca tinha feito uma apresentação desse jeito, foi uma experiência muito enriquecedora”, relatou.
Emoção e pertencimento
Entre os pais, Cleuber Santos se emocionou ao assistir à apresentação do filho e refletiu sobre a importância da cultura na formação humana.

“A cultura é algo muito importante, de muita relevância para a sociedade. É através dela que entendemos nossas origens, nossas tradições e crenças. Isso no dá uma base para ter uma vida mais legal, estruturada e harmônica, até para dar mais valor a nossa cidade, estado e país”, afirmou.

Com apresentações marcadas por emoção, pesquisa e talento, o Festival de Arte e Cultura do Recôncavo Baiano mais uma vez cumpriu sua missão de unir gerações em torno da história, das tradições e da arte que moldam a identidade da região.

“A escola é isso: desenvolver cultura, arte, ciência e protagonismo. Esse é o nosso papel”, concluiu a diretora Cleuma Almeida.
Ver essa foto no Instagram
CONFIRA O ÁLBUM DE FOTOS COMPLETO
FALA GENEFAX quer ouvir você!
Viu algo importante acontecendo no seu bairro?
Mande fotos e vídeos para o nosso WhatsApp (75) 99190-1606
Sua colaboração pode virar destaque!