Relatório revela erro em lista de presos na Operação Contenção; número oficial cai para 99
Governo do Rio admitiu duplicidade de registros e enviou ao STF relatório corrigido com informações atualizadas
O governo do Rio de Janeiro corrigiu o número de presos na Operação Contenção, deflagrada no último dia 28 de outubro nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio. O balanço inicial apontava 113 prisões, mas um relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou que o total real é de 99 presos.
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Segundo a Polícia Civil, o erro ocorreu por causa de nomes duplicados — presos que possuíam mandados de prisão em aberto e também foram detidos em flagrante, gerando registros duplos nas planilhas de controle.
No novo relatório, datado de 3 de novembro de 2025, o governador Cláudio Castro detalha que entre os presos há 29 pessoas de outros estados e 17 com mandados de prisão ativos. Já entre os 115 suspeitos mortos identificados, 59 tinham mandados de prisão.
A operação, que mobilizou 2,5 mil policiais, é considerada a mais letal da história do Rio, com 121 mortos — sendo quatro policiais e 117 suspeitos. O confronto durou mais de 18 horas e envolveu ataques com drones e granadas por parte de criminosos ligados ao Comando Vermelho (CV).
O relatório também atualizou o número de armas apreendidas, que passou de 118 para 122, incluindo 96 fuzis, 25 pistolas e um revólver, além de 260 carregadores, 5,6 mil munições e 12 explosivos.
A OAB-RJ afirmou que espera transparência total nas informações da operação e criou um observatório independente para acompanhar o caso. O governo do estado, por sua vez, destacou que as forças policiais atuaram “com planejamento, inteligência e respeito à lei”, apesar de estarem em “desvantagem bélica” frente ao poder de fogo das facções.
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