Número de casais sem filhos dispara no Brasil; quase metade dos lares é chefiada por mulheres
Censo revela aumento de casais sem filhos e crescimento no número de lares chefiados por mulheres

Pela primeira vez na história, as famílias formadas por casais com filhos deixaram de ser maioria no Brasil. Segundo o levantamento Censo Demográfico: Nupcialidade e Família, divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esses núcleos representam agora 42% das famílias brasileiras, o que equivale a 24,3 milhões de lares. Em 2000, esse percentual era de 56,4%.
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O estudo mostra uma mudança profunda na estrutura familiar do país. As famílias compostas por casais sem filhos foram as que mais cresceram nas últimas duas décadas — passando de 13% para 24,1%, o equivalente a 13,9 milhões de famílias.
Outro destaque é o aumento de famílias chefiadas por mulheres. Lares com mães sem cônjuge e com filhos subiram de 11,6% para 13,5% (7,8 milhões), enquanto os homens sem cônjuge e com filhos cresceram de 1,5% para 2% (1,2 milhão).

Regionalmente, o Norte ainda concentra o maior percentual de casais com filhos (44%), enquanto o Sul lidera em casais sem filhos (28,9%).
O levantamento também aponta o avanço de pessoas vivendo sozinhas. Das 72,3 milhões de unidades domésticas recenseadas em 2022, 13,6 milhões (19,1%) eram unipessoais — um salto em relação aos 12,2% registrados em 2010.
Outro dado relevante é a mudança no perfil de quem chefia as famílias: em 2000, 77,8% dos responsáveis eram homens; já em 2022, as mulheres representam 48,8%, evidenciando um cenário de maior protagonismo feminino.
O IBGE também registrou avanço na escolaridade dos responsáveis familiares. A proporção com ensino superior completo cresceu de 6,3% para 17,4%, enquanto o número de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto caiu de 66,1% para 34,7%.
Os dados, segundo o instituto, refletem transformações sociais e culturais no país, como o adiamento da maternidade, maior inserção feminina no mercado de trabalho e novas formas de convivência familiar.
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