“Eram intocáveis”: criminosos baianos pagavam altas quantias ao CV por proteção no Rio

Investigação revela que traficantes migraram para o Rio de Janeiro para fugir da pressão policial na Bahia e aproveitar restrições a operações nas favelas impostas pelo STF

A megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha na última terça-feira (28), revelou a presença de mais de 30 criminosos baianos entre os mortos e foragidos, segundo fontes ligadas à segurança pública. A descoberta surpreendeu autoridades e parte da imprensa nacional.

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De acordo com investigações, dois fatores principais explicam a migração de faccionados baianos para o Rio: o endurecimento das ações policiais na Bahia e as restrições impostas pela ADPF das Favelas, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que limita operações em comunidades cariocas.

Foto: Reprodução

“Se foi pra lá é porque aqui está ruim”, afirmou um integrante da segurança pública, em referência ao cerco cada vez mais fechado das polícias baianas e da Polícia Federal.

Outro agente explicou que o Rio passou a ser visto como um refúgio estratégico para criminosos.

“Tem sido mais vantajoso ser criminoso no Rio por causa da ADPF, onde chamam-se intocáveis”, disse.

“Hotéis do crime” e a presença da “Tropa da Bahia”

Segundo apuração do Informe Baiano, as favelas do Rio funcionam como verdadeiros “hotéis do crime”, onde traficantes de outros estados pagam até R$ 50 mil por mês para se hospedar sob proteção das facções locais. Os grupos recebem nomes específicos, como a “Tropa da Bahia”, e são obrigados a participar de ações armadas em troca de abrigo e armamento.

A operação, que teve como um dos alvos o baiano Fábio Francisco Santana Salles, o “FB”, apontado como chefe do Comando Vermelho (CV) em Feira de Santana, foi amplamente aprovada pela população — com 62% das menções positivas nas redes sociais, segundo monitoramento nacional.

Autoridades, no entanto, alertam para o risco de retorno de criminosos ao Nordeste caso haja relaxamento no combate ao crime.

“Pode haver uma migração para a Bahia sim. Isso pode acontecer se medidas como o uso de câmeras corporais forem mal conduzidas ou limitarem a atuação policial”, advertiu um agente da inteligência.

 

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