Seinfra confirma rescisão de contrato com empresa responsável por obra na BA-784 após irregularidades
Secretaria informa que processo foi encaminhado à PGE e que a segunda colocada na licitação será convocada para concluir os serviços entre Amélia Rodrigues e São Bento do Inhatá

A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) respondeu às reclamações de moradores sobre o abandono das obras de restauração da BA-784, rodovia que liga o município de Amélia Rodrigues ao distrito de São Bento do Inhatá, e conmou que o processo de rescisão contratual com a empresa responsável pela intervenção já foi aberto e encaminhado à Procuradoria Geral do Estado (PGE).
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De acordo com a Seinfra, a medida foi tomada em razão da inadimplência da empresa com as certidões de regularidade fiscal, condição obrigatória para a continuidade e o pagamento dos serviços.
“Essa regularização é uma obrigação contratual e, em razão do descumprimento, impossibilita o pagamento e o prosseguimento do contrato. Após a rescisão, a segunda colocada na licitação será convocada para executar os serviços remanescentes e concluir a obra”, informou a pasta em nota.
Moradores cobram solução para estrada em estado crítico
Enquanto o processo segue em tramitação, quem depende da BA-784 continua enfrentando prejuízos e riscos diários. A rodovia, com 6,2 km de extensão, é uma das principais ligações entre a sede de Amélia Rodrigues e o distrito de São Bento do Inhatá, mas há mais de um ano permanece em condições precárias, com buracos, lama e erosões ao longo do trajeto.
“É uma luta para chegar ao trabalho ou levar as crianças à escola. A estrada está acabando com os veículos e com a paciência da gente”, lamentou um morador.
Motoristas e motociclistas relatam danos constantes aos veículos, pneus furados e atrasos nos deslocamentos. Máquinas paradas às margens da estrada e montes de barro cobrindo buracos são os únicos sinais de uma obra que, segundo os moradores, “nunca saiu do papel”.

Problemas contratuais e cobrança por providências
A obra começou sob responsabilidade da empresa Construmaster, posteriormente substituída pela Vieira, que teria apenas alterado o CNPJ, sem avanços significativos. Há relatos de problemas financeiros e atrasos salariais de funcionários, o que teria paralisado de vez os serviços.
Mesmo após diversas reclamações encaminhadas à Seinfra, moradores afirmam que nenhuma providência concreta havia sido adotada até o momento da resposta oficial.
“O povo sofre, e o mínimo que esperamos é dignidade para trafegar em segurança”, destacou outro morador.
Com a rescisão do contrato e a convocação da nova empresa, a expectativa é de que as obras de restauração e recomposição da pavimentação da BA-784 finalmente sejam retomadas, devolvendo à população condições adequadas de mobilidade e segurança.
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