Após 18 anos de espera, acusado de assassinar Ana Léa será julgado em Amélia Rodrigues
Crime brutal cometido em 2008 chocou a comunidade; julgamento do réu, preso no Ceará após quase duas décadas foragido, está marcado para o dia 3 de novembro de 2025

O tão aguardado júri popular pelo assassinato de Ana Léa dos Santos Menezes, ocorrido há quase 18 anos, será realizado no dia 3 de novembro de 2025, a partir das 8h da manhã, no Fórum de Amélia Rodrigues. O caso, que chocou a cidade em 2008, volta à pauta com forte mobilização de familiares e amigos da vítima, que pedem justiça por Ana Léa.
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Ana Léa tinha 30 anos, era mãe de dois filhos, Thaynna, de 10 anos, e Márcio Júnior, de 9, à época do crime. Filha de Maria Raquel dos Santos Menezes e Adalício Pinto de Menezes, ela morava na Rua do Monteiro, conhecida como Rua da Palha, em uma comunidade unida e tranquila, até que sua vida foi interrompida por um ato de extrema violência.
Uma história marcada por ameaças e perseguição
O réu, com quem Ana Léa manteve um relacionamento conturbado por cerca de dois anos, teria cometido o crime após meses de perseguições, ameaças e agressões. Desde o fim do relacionamento, ele passou a vigiá-la constantemente, ligava insistentemente e chegou a ameaçar abertamente tirar sua vida, dizendo a amigas da vítima que “a próxima Eloá da Bahia seria ela” — em referência ao caso Eloá Pimentel, que chocou o Brasil em 2008.
Mesmo sob terror, Ana Léa tentou seguir em frente e havia conquistado um emprego no banco Unibanco, onde o agressor continuou a persegui-la, chegando a observá-la da vidraçaria próxima à agência e ligar de dentro do local para fazer novas ameaças.
O crime que abalou Amélia Rodrigues
No dia 9 de novembro de 2008, o assassino se escondeu na casa de Ana Léa, duas residências depois da de sua mãe. Ele esperou que a vítima fosse até o local — e usou a própria filha, de 10 anos, para atraí-la, após pedir que a menina o chamasse.
Assim que Ana Léa entrou em casa, o homem a executou com um tiro à queima-roupa na cabeça, após aumentar o volume da televisão para abafar o som do disparo. O corpo foi encontrado por familiares momentos depois.
Desesperados, o cunhado de Ana Léa, Maurício Santana Gomes, e outros familiares tentaram socorrê-la, levando-a ao Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana. No entanto, ela não resistiu e teve morte cerebral constatada.
O autor do crime fugiu com ajuda de cúmplices, e só foi localizado quase 18 anos depois, na zona rural do município de Tauá, no Ceará, onde vivia sob falso nome.

Julgamento e pedido de justiça
O acusado segue preso e será levado a júri popular em Amélia Rodrigues, cidade onde o crime foi cometido. Ainda não há confirmação se o julgamento será presencial ou por videoconferência, mas familiares e amigos estão se mobilizando para acompanhar cada momento.
“Foram quase 18 anos de dor e espera. Agora é a hora da justiça ser feita por Ana Léa”, afirmou um parente próximo.
A comunidade local promete comparecer em peso ao Fórum no dia do julgamento, vestindo branco em homenagem à vítima e reforçando o clamor por justiça.
Data do júri: 3 de novembro de 2025
Horário: 8h da manhã
Local: Comarca de Amélia Rodrigues
Justiça por Ana Léa.
Uma mulher que teve sua vida interrompida por um crime cruel, mas cuja memória segue viva na luta de sua família, amigos e de toda a comunidade ameliense.
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