João Henrique e Burreguinho: entre a glória e o alerta — O Poder que sobe, brilha e se dissolve

A ascensão que encantou a Bahia

No início dos anos 2000, a Bahia viu surgir uma das figuras mais carismáticas da sua história política recente:
João Henrique Barradas Carneiro, filho do ex-governador João Durval Carneiro, foi o deputado estadual mais votado da Bahia em 2002.

Com discurso simples, presença de fé e um jeito de falar direto ao coração do povo, João Henrique se tornou símbolo de esperança e renovação política, representando uma geração que acreditava ser possível unir espiritualidade e gestão pública.

Sua eleição para prefeito de Salvador, em 2004, consolidou o auge.

Mas o mesmo carisma que o levou ao topo se transformou em vulnerabilidade quando faltaram base técnica, estrutura e alianças sólidas.

O homem que encantou a capital se viu, anos depois, isolado, criticado e esquecido, como tantos líderes que confundem o brilho do aplauso com o alicerce do legado.

O Espelho do Poder: De Salvador a Conceição do Jacuípe

Duas décadas se passaram, e o exemplo de João Henrique continua atual — especialmente quando se observa a política local de Conceição do Jacuípe.

No centro desse cenário está o Presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Pereira da Conceição, o ontem “Burreguinho” e hoje Excelentíssimo Senhor Vereador.

Um homem que construiu seu nome com base na proximidade popular, na fala simples e na humildade como bandeira.

Mas a história recente começa a revelar um contraste preocupante:

“O ontem ‘Burreguinho’, hoje ‘Excelentíssimo Senhor’, quem já teve a humildade como pauta, hoje tem como pauta a disputa com a imprensa.

Blindado por uma assessoria, esqueceu amigos, e muitos daqueles que o ajudaram na caminhada já se sentem distantes.”

Essa mudança de comportamento é o ponto mais sensível da análise.

Mostra como o poder, quando mal administrado, pode criar uma bolha de isolamento — a mesma que, anos atrás, envolveu João Henrique e acelerou sua queda.

Lições que o Tempo Ensina

João Henrique foi o retrato de um poder que nasceu da emoção e morreu pela falta de estrutura.
Burreguinho, agora no auge, tem a oportunidade — e o desafio — de não repetir esse roteiro.

Ser o mais votado de Conceição do Jacuípe é um título respeitável, mas a história mostra que os títulos se apagam quando o ego substitui o propósito.

O verdadeiro líder é aquele que mantém os pés no chão mesmo sentado na cadeira do poder.
O povo não esquece quem sobe — mas também não perdoa quem se afasta.

Entre o Carisma e o Compromisso

A política ensina que o prestígio é um vento forte: eleva quem tem asas firmes e derruba quem se acomoda no voo.

João Henrique teve asas, mas não estrutura.

Burreguinho tem estrutura, mas começa a perder as asas do carisma.

A lição é clara:

“O poder precisa ser ponte, não muro;
e a humildade é o único patrimônio político que não se compra e não se herda — apenas se preserva.”

Conclusão

“De Conceição do Jacuípe a Salvador, o mapa do poder é o mesmo: o povo cria, o poder muda, e o tempo julga.

A história de João Henrique é um espelho.

A de Burreguinho, um alerta.

Porque na política, quem troca a simplicidade pela blindagem, troca o povo pelo silêncio.

 

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