Família homoafetiva é destaque em “Três Graças”, nova trama da Globo
Nova novela de Aguinaldo Silva, que chega em 20 de outubro, aposta em representatividade e traz Miguel Falabella e Samuel de Assis como casal central da trama
A Globo estreia no próximo dia 20 de outubro sua nova novela das nove, “Três Graças”, assinada por Aguinaldo Silva, e promete quebrar padrões ao colocar em evidência um núcleo ainda pouco retratado no horário nobre: uma família homoafetiva estruturada, afetuosa e protagonista da história.
No centro da trama está o casal Kasper Damatta (Miguel Falabella) e João Rubens (Samuel de Assis), que vivem uma relação estável, marcada pelo amor à arte e pela criação da filha Maggye (Mell Muzzillo), adotada ainda na infância. Unidos pela cumplicidade, os três moram na Zona Oeste de São Paulo e aparecem como contraponto dentro de uma narrativa permeada por disputas familiares, segredos e conflitos emocionais.
De volta às novelas após duas décadas, Miguel Falabella revela ter se encantado pelo núcleo familiar que interpreta.
“É, talvez, a família mais funcional da história”, afirma. “A união homoafetiva entre dois homens, com uma filha e, depois, uma sobrinha que entra para abalar essa estrutura, mostra que o afeto é o verdadeiro elo de uma família – não o formato tradicional”.
A sobrinha em questão é Lucélia (Daphne Bozaski), jovem marcada por uma tragédia e de caráter duvidoso, que chega para abalar a harmonia da casa.
Vivendo o sensível e culto João Rubens, Samuel de Assis celebra a oportunidade de retratar um personagem positivo, longe de estereótipos.
“João é um pai que incentiva a filha a conquistar o mundo e um marido que admira profundamente a família que construiu”, diz. O ator também destaca a experiência de contracenar com Falabella: “Meu maior desafio tem sido deixar de admirá-lo como espectador e mergulhar na relação entre esses dois personagens”.
Ao evitar transformar o núcleo homoafetivo em espaço de sofrimento ou conflito, “Três Graças” aposta em uma narrativa que valoriza o afeto, o cuidado e a cumplicidade como essência da família — seja qual for o seu formato.
A novela marca não apenas o retorno de Aguinaldo Silva à faixa das nove, mas também um passo importante para a representatividade no horário mais tradicional da televisão brasileira.
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