“A juventude precisa acessar o poder”, afirma Bárbara Carine na FLICAR 2025
Escritora e vencedora do Prêmio Jabuti 2024 destaca a importância da representatividade e da educação afro-referenciada na formação da juventude

A manhã do segundo dia da Feira Literária e Cultural de Amélia Rodrigues (FLICAR) foi marcada por uma reflexão potente sobre educação antirracista e representatividade. A escritora e professora Bárbara Carine, vencedora do Prêmio Jabuti 2024 com a obra Como Ser Um Educador Antirracista, participou da mesa “Imagens para (re)povoar o imaginário: educação afrocentrada”, onde conduziu um diálogo inspirador com estudantes, professores e o público presente na praça da Matriz.
FLICAR 2025: veja a programação da Feira Literária e Cultural de Amélia Rodrigues
O Prêmio Jabuti, criado em 1958, é a mais tradicional e prestigiada premiação literária do Brasil, reconhecendo autores e obras que se destacam pela qualidade e relevância na literatura nacional.
Juventude e representatividade
“Para mim é sempre uma alegria, uma honra estar aqui em Amélia Rodrigues. Estar na FLICAR neste ano de 2025 é muito representativo, especialmente depois da conquista do Jabuti”, afirmou Carine, que já havia participado de formações com professores no município e, desta vez, voltou seu olhar para os estudantes.

Durante sua fala, a autora destacou a importância de a juventude acessar sua potência e compreender o papel da representatividade no processo educativo. “A juventude precisa acessar o poder. Foi sobre isso que conversei hoje: mostrar que a educação afro-referenciada e antirracista é caminho de emancipação”, disse.
Valorização da produção baiana
Além de celebrar a diversidade de autores nacionais, Bárbara ressaltou o diferencial da FLICAR ao valorizar a produção literária baiana. “O que mais me chama atenção é a valorização dos autores da terra, da intelectualidade baiana. Esse é um marco que fica no coração e na mente do povo”, destacou.
Um espaço de diálogo coletivo
Ao falar sobre o que leva da experiência em Amélia Rodrigues, a educadora reforçou a relevância de espaços como a FLICAR. “O que acontece aqui é muito potente: construir um auditório na praça, reunir crianças, adolescentes, professores, adultos, representações políticas e todos dialogarem sobre educação antirracista. Todos saem daqui formados, instruídos e com entendimento emancipatório”, concluiu.
A participação de Bárbara Carine reforçou o papel da FLICAR como espaço de diálogo, formação e valorização cultural, confirmando a feira como uma das mais importantes iniciativas literárias e educativas da Bahia.
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