Como vai funcionar o PIX parcelado? Banco Central explica
Nova modalidade promete ampliar acesso ao crédito, mas especialistas alertam para riscos de endividamento

O Banco Central (BC) confirmou que ainda neste mês de setembro serão definidas as regras do PIX parcelado, modalidade que permitirá a cerca de 60 milhões de brasileiros sem acesso a cartão de crédito realizar pagamentos parcelados por meio do sistema instantâneo.
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O objetivo é padronizar a prática, hoje oferecida de forma isolada por algumas instituições, criando uma experiência mínima uniforme com foco em educação financeira e maior transparência. A expectativa é que a padronização incentive a concorrência entre bancos e aumente a competitividade do produto.
Em junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacou que a novidade deverá estimular o uso do PIX no varejo, especialmente em compras de maior valor.
Como vai funcionar o PIX parcelado
Na prática, o consumidor obterá crédito junto à instituição financeira para parcelar uma transação PIX, enquanto o lojista receberá o valor integral no ato da compra. O cliente, por sua vez, pagará em parcelas, com possíveis acréscimos de juros conforme perfil de risco e contrato firmado com o banco.
O BC projeta que, mesmo com cobrança de juros, o custo final do PIX parcelado seja igual ou menor que o parcelamento tradicional via cartão de crédito.
Vantagens para lojistas
Para comerciantes, a modalidade é vista como uma alternativa vantajosa, já que elimina custos de antecipação de parcelas típicos do cartão. “No PIX parcelado, o lojista recebe o valor total no momento da venda, sem cobrança de taxa de antecipação”, reforçou o BC.
A Febraban considerou o lançamento uma evolução natural do PIX, destacando que caberá aos clientes escolher a forma de pagamento mais conveniente no ato da compra.
Alerta de defesa do consumidor
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), no entanto, demonstrou preocupação com o risco de superendividamento, especialmente entre pessoas de menor acesso ao crédito tradicional.
A entidade recomenda que o produto tenha identidade própria, contratos claros, regras equivalentes a outros produtos de crédito e seja ativado somente por iniciativa do usuário, sempre com salvaguardas contra abusos.
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