Infecção em dente leva médico à UTI com bactéria no cérebro

Eduardo Passamai, de 49 anos, enfrentou abscessos cerebrais e lesão cardíaca; médico relata transformação pessoal após luta pela vida

O cirurgião plástico Eduardo Passamai, de 49 anos, viveu uma experiência que descreve como um divisor de águas em sua vida. Após participar da tradicional Romaria dos Homens da Festa da Penha, evento do qual faz parte há 31 anos, ele começou a sentir uma dor de cabeça incomum no final de abril.

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“Uma dor de cabeça que eu nunca tinha tido na vida”, contou em entrevista ao portal G1. Ao procurar atendimento médico, recebeu o diagnóstico inicial de hipertensão craniana, com suspeita até de tumor. Pouco depois, perdeu a consciência e só voltou a acordar já na sala de cirurgia da UTI.

Exames revelaram que Passamai apresentava três abscessos cerebrais de cerca de seis centímetros e outros dois menores, além de um edema cerebral. A origem da infecção foi surpreendente: uma ferida causada por uma obturação quebrada na boca, que permitiu a circulação de bactérias até o coração e, em seguida, ao cérebro.
“Pode acontecer com qualquer pessoa. Toda vez que você circula bactéria, ela pode parar em qualquer lugar. No meu caso, terminou indo para o coração, fez uma lesão cardíaca… e depois subiu para o cérebro”, relatou.

O quadro exigiu uma cirurgia de emergência para drenar a secreção do cérebro, além de um tratamento prolongado com antibióticos. Durante o período de internação, Passamai também sofreu uma arritmia cardíaca.

O médico ficou três meses internado na UTI, onde enfrentou dias de fragilidade física e isolamento. “Estava vivendo em volta de uma cama, são quatro metros quadrados. O corpo completamente consumido”, relembrou.
Apesar das dificuldades, ele afirma ter vivido uma profunda transformação emocional. “Saí daqui completamente diferente de como entrei. Saí um melhor pai, melhor filho. Minha mãe dizia que eu não tinha tempo para ela, e nesse período tomamos café juntos todas as tardes”, destacou.

Especialista em contorno corporal, Eduardo Passamai recebeu alta no fim de julho e continua se recuperando em casa, com sessões de fisioterapia e retomada gradual do trabalho.

“O sentimento é de agradecimento. Eu estou vivo, né? Então, é muita gratidão. Ainda estou inchado, mas isso é questão de tempo. Voltei a trabalhar devagar, foi muito tempo internado. Estou me adaptando à nova rotina”, disse.

Passamai agora busca usar sua experiência para alertar sobre os riscos de infecções e inspirar outras pessoas: “Minha ideia é mostrar às pessoas o que pode acontecer na vida delas. Se você olhar pelo ângulo positivo, aquilo vai te transformar.”

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