Filha perde pai para câncer de pâncreas e faz alerta sobre sintomas silenciosos da doença

O que era para ser um dos momentos mais felizes da vida de Leah Buesnel — a chegada do seu filho — se tornou também o mais doloroso. Pouco após o nascimento do bebê, Leah precisou se despedir de seu pai, Gary, de 59 anos, que morreu em decorrência de um câncer de pâncreas, um dos tipos mais agressivos e silenciosos da doença.
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Gary conviveu por mais de um ano com sintomas como dores no estômago, perda de apetite e desconfortos persistentes. No entanto, em diversas consultas médicas, os sinais foram subestimados. “Diziam que era uma hérnia ou algo nos rins. Nada sério”, contou Leah ao jornal britânico The Sun. “Os médicos deveriam ter percebido os sinais de alerta, mas continuaram dizendo que ele estava bem.”
O diagnóstico só veio em março de 2020, quando as dores se intensificaram e ele foi levado ao pronto-socorro. Os exames revelaram um tumor no fígado, que posteriormente foi identificado como secundário a um câncer no pâncreas. “Naquele dia nos disseram que era estágio 4. Não havia o que fazer. Não havia esperança”, recorda a filha.
O câncer de pâncreas é notoriamente difícil de detectar nos estágios iniciais, já que seus sintomas — como náusea, dor abdominal e indigestão — são frequentemente confundidos com problemas menos graves. Segundo o Pancreatic Cancer UK, 80% dos casos são diagnosticados em fase avançada, quando o tratamento já não é mais viável. Em mais da metade dos casos, os pacientes morrem em até três meses após a confirmação da doença.
Com o pai, infelizmente, não foi diferente. Apesar de buscar uma segunda opinião médica, a resposta foi devastadora: Gary teria no máximo de 8 a 12 semanas de vida. Ele passou por uma cirurgia paliativa e apenas uma sessão de quimioterapia. “Eu o vi comendo uma barra de chocolate e pensei: ele vai melhorar. Mas não deu tempo”, lamentou Leah.
Gary faleceu em 15 de maio de 2020, um mês antes de completar 60 anos. Desde então, Leah tem compartilhado sua história para alertar outras famílias sobre os perigos do câncer de pâncreas e a importância de ouvir o próprio corpo.
“Eu não sabia nada sobre o pâncreas até o câncer do meu pai. Mas agora sei o quanto ele pode ser traiçoeiro”, disse Leah. “Se você sentir que algo está errado, insista. Peça exames. Peça uma segunda opinião. Grite mais alto. Porque é a única forma de ser ouvido.”