Ex-PM do Bope é preso por suspeita de treinar traficantes do Comando Vermelho

Na manhã desta segunda-feira, a Delegacia de Roubos e Furtos efetuou a prisão do ex-PM Ronny Pessanha de Oliveira, conhecido como “Caveira”, na comunidade da Muzema. Ele é investigado por treinar criminosos em áreas dominadas pelo Comando Vermelho, na Zona Oeste do Rio, além de ser suspeito de lavagem de dinheiro e de exercer controle violento sobre empreendimentos imobiliários em Itanhangá e Rio das Pedras.

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De acordo com informações oficiais, durante operações na Muzema, o ex-policial expulsava moradores de determinadas áreas e introduzia novos ocupantes, prática que, segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, estaria relacionada inclusive a dois homicídios ocorridos em condomínios locais. “Na Muzema, ele passou a expulsar moradores e colocava outras pessoas para morar ali. Inclusive, ele é suspeito de ter participado da morte de duas pessoas em condomínios”, afirmou Curi.

Além disso, o delegado Jefferson Ferreira, titular da Delegacia de Roubos e Furtos, explicou que Ronny Pessanha utilizava uma empresa de segurança patrimonial como fachada para lavar dinheiro. “Fomos noticiados por diversos depósitos em espécie, quase R$ 600 mil em dois meses. Esse dinheiro era ilícito e passava pela conta da empresa, simulando prestação de serviços para lavar os valores”, detalhou o delegado. Ronny teria mantido diálogo direto com os chefes do Comando Vermelho e contava com o apoio de sua sócia, que é, inclusive, sua mãe, para realizar atos de ocultação patrimonial – como o registro de um veículo de R$ 300 mil em nome dela. A polícia, inclusive, tenta localizar a mãe do ex-PM.

Reprodução redes sociais

A Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de R$ 3 milhões movimentados pela empresa de Ronny em menos de um ano, além do bloqueio dos veículos de luxo que o ex-PM possuía. Ainda, ele é apontado como responsável por ser dono de um dos prédios demolidos durante uma operação conjunta do Ministério Público da RJ com a prefeitura na Muzema, em 2021.

Ronny Pessanha já havia sido preso em 2024 por suspeita de envolvimento com milicianos em Rio das Pedras, e atuou em unidades como o 9º BPM (Rocha Miranda), o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o 41º BPM (Irajá) até sua expulsão da corporação em setembro de 2023.

A operação contou com a colaboração da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar, do Bope, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Vidigal. As investigações continuam para apurar todos os detalhes dos crimes e responsabilizar os envolvidos.

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