Facção Honda: A “Marca” criminosa que assombra o Vale do São Francisco

Enquanto a marca Honda é sinônimo de automóveis e motocicletas em todo o mundo, na cidade de Juazeiro, na região norte da Bahia, ela ganhou uma conotação totalmente diferente. Conhecida como “Facção Honda”, o grupo criminoso atua no tráfico de drogas e é apontado como responsável por diversos homicídios no Vale do São Francisco.
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A facção, que disputa o território com o Bonde do Maluco (BDM), foi criada por Manoel Luiz dos Santos Neto, popularmente conhecido como Manoel Honda. Filho de um ex-vereador do município que fugiu por mais de um ano da Polícia Federal, Manoel se apropriou da marca Honda, transformando-a em um símbolo usado inclusive na embalagem de pacotes de drogas.
Segundo informações de um policial que investiga as atividades do grupo, “no ano de 2021, Manoel já estava atuando na cidade com intensidade após sair do BDM, criando a Honda, sua própria facção. Nós acreditamos que a Honda já existia pelo menos no ano de 2018, após a ruptura. No entanto, ainda não conseguimos desvendar o porquê do nome.” Essa decisão de utilizar o nome de uma marca tão conhecida apenas reforça a mensagem e o poder simbólico que o grupo deseja transmitir em seu meio de atuação.

Além de Juazeiro, a Facção Honda também estende suas atividades criminosas a cidades como Petrolina, Senhor do Bonfim e outras localidades do Vale do São Francisco. Em Juazeiro, o grupo atua em diversos bairros, como Centro, Coreia, Residencial Juazeiro 8 e Santo Antônio. A disputa acirrada com o BDM pela expansão territorial já provocou um intenso derramamento de sangue nas ruas da cidade, aumentando a preocupação das autoridades e da população local.
Enquanto as investigações seguem para compreender a dinâmica e a origem exata do nome escolhido, a presença da Facção Honda continua a representar um desafio significativo para as forças de segurança e para a sociedade da região, que clama por respostas e pelo fim da violência que assola o Vale do São Francisco.
