PM suspeito de envolvimento em mortes de jovens é solto

Os corpos das vítimas seguem desaparecidos

O soldado da Polícia Militar (PM) Josué Xavier, suspeito de envolvimento nas mortes de dois jovens funcionários de um ferro-velho em Salvador, foi solto após o fim do prazo de sua prisão temporária.

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Os corpos de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, que desapareceram no mês de novembro de 2024, continuam desaparecidos.

De acordo com a Polícia Civil, foi solicitado à Justiça a manutenção da prisão de Josué Xavier, mas o pedido não obteve resposta, o que resultou na soltura do policial.

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou, em nota, que não pode esclarecer o motivo de a solicitação não ter sido analisada, uma vez que o caso está sob segredo de Justiça.

Em relação à sua situação dentro da Polícia Militar, a corporação comunicou que Josué Xavier foi reintegrado ao quadro da PM, mas, por conta das investigações, atuará no setor administrativo da 19ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Paripe, até que as apurações sejam concluídas.

Além do PM Josué Xavier, o gerente do ferro-velho, Wellington Barbosa, conhecido como “Cabecinha”, também foi detido, mas encontra-se cumprindo prisão domiciliar devido a um diagnóstico de hanseníase, uma doença que pode causar incapacidades físicas.

A Polícia Civil não informou se houve pedido para a manutenção da prisão de Barbosa nem se o pedido foi aceito pela Justiça.

Investigações sobre o desaparecimento e morte de Paulo e Matusalém

O desaparecimento de Paulo Daniel e Matusalém, ocorrido em 4 de novembro de 2024, ainda é um mistério. Os dois jovens, que trabalhavam como diaristas em um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador, foram vistos pela última vez quando saíram de suas casas para o trabalho.

Passados mais de dois meses, a Polícia Civil segue investigando o caso, com indícios de que ambos foram mortos.

No entanto, as evidências apontam para a responsabilidade de envolvidos ligados ao ferro-velho, como o próprio gerente Wellington Barbosa e o dono do estabelecimento, Marcelo Batista da Silva.

Marcelo Batista da Silva, proprietário do ferro-velho, é considerado um dos principais suspeitos de ser o mandante do crime. O empresário possui um mandado de prisão preventiva expedido, mas fugiu e segue foragido.

Marcelo é réu em um processo relacionado à violência doméstica contra sua ex-companheira e também está sendo investigado por outros crimes, como duplo homicídio, tentativa de homicídio e envolvimento com facções criminosas e milícias.

A investigação ganhou novos contornos quando a Polícia Civil descobriu que o carro de Marcelo Batista foi encontrado em uma loja especializada em veículos de alto padrão, localizada em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

O veículo, avaliado em R$ 750 mil, foi deixado no local por um homem que solicitou a troca dos bancos, alegando ter adquirido o carro com pontos de sujeira. As investigações apontam que a “sujeira” poderia ser vestígios de sangue de Paulo e Matusalém.

Marcelo Batista, em versão divulgada antes da expedição de seu mandado de prisão, alegou que havia sido vítima de furtos em sua empresa, incluindo o roubo de fardos de alumínio.

Segundo ele, os jovens teriam sido flagrados em uma tentativa de furto e, no dia seguinte, quando não compareceram ao trabalho, foram dados como desaparecidos.

 

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