PF desarticula grupo criminoso que fraudou benefícios previdenciários; prejuizo estimado ultrapassou R$ 9 milhões

Nesta terça-feira (3/11), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação “De Volta para o Futuro”, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes milionárias em benefícios previdenciários na Bahia. A ação incluiu o cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Feira de Santana e Itaberaba, localizadas a 278 km da capital baiana.
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Segundo a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária, o esquema desviou mais de R$ 9 milhões dos cofres públicos, com um potencial de prejuízo que poderia atingir R$ 24 milhões caso não fosse interrompido. As investigações iniciadas há seis meses revelaram que os suspeitos utilizaram vínculos trabalhistas falsos para justificar concessões de aposentadorias urbanas e rurais sem comprovação documental.
Modo de operação
Conforme apuração da PF, duas servidoras do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) em Itaberaba foram as principais responsáveis pela fraude. Eles inseriram links retroativos no sistema, sem qualquer respaldo de documentação, para criar históricos de trabalho fictícios. Além disso, os registros fraudulentos permitiam o pagamento de altos valores retroativos, uma vez que os dados de início dos benefícios eram deliberadamente manipulados.
Em uma das táticas, uma das servidores autorizou ordens de pagamento duplicadas, gerando créditos indevidos de grande valor para períodos já quitados. O esquema também envolveu familiares de servidores e intermediários que indicavam outras pessoas para colaborar com o desvio. Uma parte substancial dos valores fraudulentos retornaria aos servidores e aos intermediários envolvidos.
Prejuízo e impacto
O setor de inteligência previdenciária estima que o esquema gerou pagamentos indevidos de mais de R$ 9 milhões. O prejuízo, no entanto, poderia ser muito maior caso a quadrilha não fosse desmantelada.
A operação ressalta a necessidade de fortalecimento dos sistemas de controle no INSS para evitar a ocorrência de fraudes semelhantes. “As investigações seguirão para identificar outros possíveis envolvidos e garantir as peças dos danos causados ao patrimônio público”, informou a Polícia Federal em nota.
Os presos serão encaminhados para a sede da PF, sob permanência à disposição da Justiça. Além disso, o material apreendido durante as pesquisas será analisado para aprofundar as investigações. O INSS ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Parabéns a polícia federal,tem que vasculhar mesmo.