Auditores-Fiscais da Receita Federal entram em greve nacional por tempo indeterminado
Na manhã desta terça-feira, (26/11) , auditores-fiscais da Receita Federal deram início a uma greve por tempo indeterminado em todo o Brasil. A paralisação, que tem caráter nacional, será acompanhada de protestos em várias regiões do país, com atos públicos previstos para ocorrer no Porto de Santos (SP) e em Brasília. Embora ainda não haja confirmação de manifestações em Salvador (BA), os auditores prometem intensificar as mobilizações ao longo dos próximos dias.
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A categoria, que desempenha funções cruciais como o controle das mercadorias que entram e saem do Brasil e a avaliação da aplicação de impostos, justificou a greve devido ao descumprimento, pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI), do Termo de Compromisso nº 1 de 2024. O documento estabelecia que as negociações sobre a reestruturação de carreiras e os reajustes salariais seriam iniciadas até julho, por meio de mesas de negociações específicas, mas, até o momento, essas mesas não foram instaladas.
Apesar da paralisação, os auditores-fiscais garantiram que continuarão a trabalhar com um contingente mínimo de 30% de sua força. Isso permitirá que serviços essenciais, como a análise e o desembaraço de cargas prioritárias, como alimentos, medicamentos, cargas perigosas, vivas e perecíveis, sejam mantidos.
A greve foi decidida em uma assembleia realizada pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), na última quinta-feira (21). Durante a assembleia, também foi aprovado que os auditores entreguem seus cargos em comissão, como forma de protesto. A decisão foi amplamente apoiada, com mais de 94% dos votos favoráveis à paralisação.
Até o fechamento desta matéria, a reportagem entrou em contato com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) para obter um posicionamento sobre as denúncias feitas pela categoria, mas não obteve resposta.
