William Bonner é alvo de ameaças em mensagem de bolsonarista que se explodiu em Brasília

No programa “WW” da CNN Brasil, o apresentador William Waack revelou uma mensagem de WhatsApp na qual o homem responsável pelas explosões recentes na Praça dos Três Poderes, em Brasília, menciona figuras públicas, incluindo o âncora do “Jornal Nacional”, William Bonner, entre outras personalidades políticas, como José Sarney, eraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. A mensagem, repleta de insultos e erros ortográficos, ameaça uma suposta bomba direcionada a essas figuras, chamando-os de “velhos nojentos”.

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Duas horas antes do anúncio de Waack, Bonner já estava no ar, conduzindo a cobertura do caso ao lado de sua colega Ana Luiza Guimarães no “Jornal Nacional”. Naquele momento, as mensagens do suspeito ainda não haviam se tornado públicas, mas rapidamente circulavam nas redes sociais, reacendendo uma questão que tem seguido Bonner ao longo dos últimos anos: a perseguição e o ódio direcionados ao apresentador.

Por ocupar uma posição de destaque no jornalismo brasileiro, Bonner tem sido alvo constante de ataques. A situação foi particularmente intensa em 2020, quando extremistas chegaram a acessar dados pessoais dele e de seus familiares, incluindo informações fiscais e bancárias, que foram utilizadas para fraudes. Ele também enfrentou ameaças de morte e constrangimentos públicos, como no episódio de uma padaria no Rio de Janeiro, onde foi insultado por uma cliente.

Foto: Reprodução

Em uma entrevista a Pedro Bial, há quatro anos, Bonner desabafou sobre o impacto desse ódio exacerbado. “Eu ainda me assusto com a bile, com o ódio que escorre nas palavras, nas palavras mal escritas, nas palavras cuspidas”, declarou. Ele descreveu a perplexidade diante da hostilidade que, em seus relatos, “não se sabe onde vai parar” e lamentou a incivilidade crescente, observada tanto nas redes quanto nas ruas.

Bonner também destacou o paradoxo dessa situação, pois, ao longo dos anos, viu-se ora elogiado, ora criticado intensamente, tanto por militantes de direita quanto de esquerda. Como âncora e editor-chefe do “Jornal Nacional”, ele enfrentou constantes críticas por conduzir reportagens que investigavam tanto os governos de Lula quanto de Bolsonaro, dois dos líderes políticos mais polarizadores do Brasil.

A ameaça revelada pelo suspeito de Brasília reforça que, embora o cenário político tenha mudado, os riscos para Bonner e outros jornalistas permanecem. A direção da TV Globo, em resposta a esses riscos, frequentemente disponibiliza segurança para proteger sua equipe quando ameaças se tornam mais concretas e perigosas.

 

 

 

 

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