Associação de Obstetrícia afirma que morte de bebê foi por ”dificuldade no parto”

Após a morte de um bebê na maternidade Albert Sabin, em Cajazeiras, no dia 31 de outubro, a Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba) se manifestou afirmando que a fatalidade ocorreu devido a uma “dificuldade no parto”. A família acusa a equipe médica de negligência, alegando que a recomendação de cesariana foi ignorada e que o bebê sofreu uma lesão no pescoço durante o parto normal.
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Segundo os familiares, a mãe, que havia recebido indicação médica para uma cesariana, foi submetida a um parto normal pela equipe de plantão. Durante o procedimento, a médica teria tentado retirar o bebê manualmente, resultando em uma lesão fatal no pescoço da criança. A mãe também afirmou que foi destratada e abandonada pela médica antes da conclusão do parto, o que teria contribuído para o falecimento do recém-nascido.
Em resposta, a Sogiba esclareceu que o bebê enfrentou uma condição conhecida como “Distocia de Ombro”, uma complicação rara que ocorre quando o ombro do bebê fica preso na sínfise púbica da mãe após a saída da cabeça. Essa situação, que afeta 0,3% a 1% dos partos vaginais, exige manobras médicas para tentar salvar o bebê, mas nem sempre pode ser resolvida a tempo. A associação expressou solidariedade à dor dos familiares, assim como à equipe assistencial envolvida.
A nota da Sogiba também apontou que o comportamento do marido da gestante teria colocado “em risco a integridade física da médica assistente”, sem fornecer detalhes adicionais.
A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab) se pronunciou sobre o caso, informando que uma sindicância será rigorosamente conduzida para apurar o ocorrido. Em nota, a Sesab classificou como “inadmissível” qualquer ato de violência contra profissionais de saúde no exercício de suas funções, destacando que todos os detalhes serão investigados.